A tarde de sábado, 6 de novembro, ficará marcada para sempre na história da família de A.E.S., moradora de Ilhota, como um dia que nunca deveria ter amanhecido. Enquanto sua mãe cumpria os afazeres domésticos, a menina de apenas sete anos de idade brincava de bicicleta na rua e foi convidada por um dos vizinhos para tomar um refrigerante.
Cansada e suada do calor que fazia naquela ensolarada tarde, a menina aceitou o convite e foi surpreendida pelas atitudes de Claudinei Isclati, que tirou sua roupa, deitou em um colchão no chão e violentou a menina.
A dor sofrida pela criança foi tão grande que ela conseguiu fugir e avisar a mãe o que havia acontecido. Assustada, a mãe não hesitou em chamar a Polícia, que chegou em tempo na residência e prendeu Claudinei. Informados do que havia acontecido, os vizinhos tentaram linchar o estuprador e a equipe da Polícia Militar de Ilhota precisou do apoio da PM de Gaspar para prender o acusado. ?Nunca imaginava que isso iria acontecer com a minha filha. Esse assassino deve pagar, e caro, pelo crime que cometeu?, disse a mãe da menina em depoimento ao delegado de plantão, Juraci Darolt.
Apesar do relato da criança, Claudinei nega que tenha cometido o estupro, porém, permaneceu detido e foi encaminhado ao Presídio Regional de Blumenau, onde espera pelo resultado do exame de conjunção carnal da criança.
Claudinei é natural de Caçador e mora na cidade de Ilhota há 18 anos. O acusado trabalha como servente de pedreiro e é portador do vírus do HIV.
A operação que resultou na prisão do acusado teve a participação do cabo Furtado e dos soldados Leonardo, Gonzalez e Barcellos.
Outros casos
Este é o segundo caso de estupro ocorrido na cidade de Ilhota neste ano. O primeiro aconteceu em meados de abril, quando uma jovem moradora do Baú Baixo foi violentada enquanto esperava pela Topic que a levaria para a faculdade. Apesar de divulgar o retrato falado do acusado, a polícia ainda não encontrou nenhum suspeito de ter cometido o crime.
Em Gaspar, dois homens foram detidos neste ano acusados de estuprar crianças e mulheres da cidade. O primeiro foi detido em março deste ano, acusado de violentar uma jovem de 22 anos que ia para o trabalho no bairro Coloninha. Ele teria participado de um furto a um supermercado e na fuga ainda teria violentado a jovem.
O outro acusado foi detido em julho deste ano, quando a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão contra Gonçalo de Abreu, 59 anos, que confessou ter estuprado o neto de nove anos e a neta de sete anos de idade.
O crime de violência sexual está previsto no Código penal Brasileiro, que determina que:
Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
§ 1º Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 (dezoito) ou maior de 14 (catorze) anos. Pena - reclusão, de 8 (oito) a 12 (doze) anos.
§ 2º Se da conduta resulta morte. Pena - reclusão, de 12 (doze) a 30 (trinta) anos.
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