Incêndio destrói doações para os desabrigados - Jornal Cruzeiro do Vale

Um incêndio destruiu cerca de 600 quilos de roupas que estavam armazenadas em um galpão na Capela São Luiz Gonzaga, no bairro Barra de Luís Alves, em Ilhota.

As chamas iniciaram por volta das 9h30 da manhã de quarta-feira, 21, e segundo os Bombeiros Voluntários de Ilhota, foram necessários dez mil litros de água para conter o incêndio, que se alastrou com facilidade pois no local estavam armazenados materiais combustíveis, como roupas e sacolas. A equipe de socorro teve o apoio dos Bombeiros Militares da cidade de Itajaí.

Segundo o responsável pelo Corpo de Bombeiros Voluntários de Ilhota, Paulo Batista, não havia indícios de curto-circuito no local, pois o disjuntor estava desligado e a fiação elétrica ficava no teto do galpão e o incêndio teve início em uma porta, que fica atrás do galpão.

Populares afirmaram que viram pessoas rondando o local na manhã de quarta-feira e por isso, os bombeiros trabalham com a suspeita de incêndio criminoso.

A estrutura do salão ficou de pé, mas segundo os bombeiros o telhado está condenado e precisará ser refeito para que o local volte a ser utilizado pela Igreja e seus fiéis.

A equipe da Polícia Civil esteve no local fazendo a perícia e investiga o caso para comprovar se o incêndio foi criminoso.

Doações

No local do incêndio estavam armazenadas roupas e calçados que foram recebidos em doação para as vítimas da tragédia de novembro. Segundo Ivanor Januário, coordenador geral de suprimentos no município de Ilhota, cerca de duas toneladas de roupas e calçados estavam armazenadas no galpão, que foi cedido pela Igreja para o uso da Prefeitura.

"Estes materiais haviam passado por uma triagem de nossa equipe e voluntários, e seriam enviados para pessoas carentes do oeste de Santa Catarina e do nordeste do país", revela.

Segundo Ivanor, o município de Ilhota recebeu muitas doações de roupas, que estão sendo distribuídas para a comunidade em três pontos de distribuição. "Estamos entregando as roupas para todos. Temos muita coisa para doar e basta as pessoas irem nestes centros de distribuição para retirar o que precisam", explica o responsável.

Agora, Ivanor aguarda a liberação para ir até o galpão e selecionar as roupas que ainda poderão ser doadas.