Com uma pá suja de barro, o morador do bairro Santa Terezinha, João Pedro Teodoro, passou a manhã da última quarta-feira, 15, enterrando seus animais de estimação. O cachorro e o gato, que haviam sido adotados pela família no início do ano, foram vítimas de envenenamento e agora João reúne provas para registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia e lutar pela punição dos culpados.
O crime aconteceu na noite de terça-feira. O morador conta que os poucos minutos que levou para fechar o portão de sua casa e desligar a televisão foram suficientes para que alguém jogasse um pedaço de carne no terreno. "Quando minha filha foi trazer o gato para dentro de casa, viu que ele estava com algo na boca e pegou na mão. Na hora gritei para ela soltar porque não sabíamos o que era", explica.
A esposa de João, Scheila Maria Geviewski, revela que ficou preocupada pois sua filha, que tem apenas seis anos, poderia ter entrado em contato com o veneno e depois levado a mão à boca ou aos olhos. "A pessoa que faz isso deveria ter consciência que pode haver crianças na casa. Nem sei o que faria se minha filha tivesse sido afetada". Apenas um gato não entrou em contato com a comida envenenada e permanece bem.
Scheila destaca que sua família sempre teve animais de estimação e que seus filhos gostam muito de brincar com os bichos. "Antes da enchente de novembro nós tínhamos outros animais e quando eles morreram meus filhos ficaram muito tristes. Tiveram até que tomar remédio", revela a moradora.
A companheira de trabalho de Scheila, Eda Marian Zonta, diz que amarrou seu cachorro em casa para evitar que ele circulasse pelo quintal. "Ficamos com medo que alguém pudesse jogar algo em nosso terreno também", ressalta.
No momento em que encontraram os animais mortos, Scheila e João e registraram o fato em fotografias. Além disso, guardaram um pedaço da carne que foi ingerida pelo gato e pelo cachorro a fim de verificarem a existência do veneno no alimento.
"Nosso cachorro havia ficado doente recentemente e gastamos muito dinheiro em remédios e tratamento. Agora vem alguém e faz isso com ele".
Scheila Maria Geviewski
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