Os moradores da localidade do Morro do Baú, em Ilhota, se uniram para criar a Associação dos Desabrigados do Morro do Baú.
Presidida pela moradora Tatiane Reichert, a Associação ainda está em formação mas já possui 18 membros, representantes das seis localidades que integram o Morro do Baú - Baú Baixo, Baú Central, Braço do Baú, Alto Braço do Baú, Baú Seco e Alto Baú.
A diretoria da Associação foi eleita durante reunião realizada no início desta semana. O estatuto ainda está em formação.
A nova entidade pretende ser um elo entre os governantes e a comunidade. Segundo Tatiane, já se passou mais de um mês desde a tragédia e até o momento nenhum morador teve informações sobre quando poderá retornar para casa. "Além disso, também não recebemos nenhum recurso prometido pelos governantes. Esta falta de informação nos levou a criar a Associação", justifica.
Segundo a representante da comunidade, os integrantes da Associação pretendem participar, de forma efetiva, na tomada de decisões do governo quanto aos investimentos a serem realizados no Baú após a tragédia. "Ficamos sabendo que o governo municipal pretende conseguir um terreno para alojar as famílias que não podem mais voltar para suas casas.
Queremos auxiliar na escolha do terreno, para evitar que estas famílias sejam retiradas do local onde residiam, pois aqui elas têm seu emprego e seus familiares", explica.
Além disso, a Associação pretende acompanhar as análises dos geólogos responsáveis pela liberação das áreas de risco do Baú e também as vistorias nas casas atingidas. "Não temos informações sobre o parecer desses profissionais, e a comunidade fica aflita. Com a Associação conseguiremos estas informações com mais facilidade e os moradores poderão nos procurar para ficar informados", exemplifica.
Apoio
A formação da Associação é vista com bons olhos pelo prefeito Ademar Felisky, que nesta segunda-feira, 5, esteve reunido com alguns representantes da entidade."A iniciativa destes moradores é excelente e só vem a somar aos esforços que a administração de Ilhota já vem realizando para reconstruir a localidade do Baú, que foi muito atingida na tragédia", aponta o prefeito.
Segundo o prefeito Ademar, o município ainda não recebeu nenhum recurso em dinheiro dos governos Estadual e Federal, porém, recebeu diversos maquinários, que estão trabalhando na reconstrução dos acessos no Baú. Ao todo são 18 máquinas e caminhões trabalhando no local.
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Da Redação - Por Fernanda Pereira
A Associação dos Desabrigados do Morro do Baú tem como objetivo ser um elo entre os moradores atingidos e os governantes.
A nova entidade é um exemplo de como o associativismo possui representatividade e pode transformar cidadãos comuns em agentes da construção de uma sociedade de resultados.
Os integrantes da Associação do Baú estão apenas dando os primeiros passos em busca de soluções efetivas para a reconstrução daquela localidade, que foi a mais destruída na tragédia de novembro de 2008, mas já são agentes transformadores. São pessoas que entendem que é preciso lutar pelo todo e não apenas pelo seu próprio interesse.
Só o tempo dirá se eles terão todos os resultados esperados, porém uma coisa já é certa, juntos, os moradores atingidos se tornam mais fortes, unindo cada vez mais forças para a mudança e a conquista de um Brasil de resultados.
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