Motoristas fazem passeata - Jornal Cruzeiro do Vale

Motoristas fazem passeata

15/09/2009

11MD.jpgCom faixas, carro de som e panfletos informativos, motoristas e sindicalistas fizeram uma manifestação pela rua Coronel Aristiliano Ramos na tarde de ontem, segunda-feira. O objetivo da passeata foi chamar atenção da comunidade para a falta de uma solução para o impasse gerado entre os funcionários da Auto Viação do Vale e a direção da empresa, além de esclarecer as reivindicações da categoria.
Nesta terça-feira, a cidade completa seis dias sem o serviço de transporte coletivo e apesar da pressão feita pelos manifestantes, a empresa afirmou que não há previsão para que seja feita uma proposta que contemple todos os pedidos dos funcionários. Até o fechamento desta edição, nenhuma reunião entre as partes havia sido agendada para tentar solucionar o problema.
O carro de som utilizado pelo Sindicato de Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano, Sindetranscol, permaneceu estacionado por cerca de 20 minutos ao lado da Prefeitura de Gaspar enquanto um dos manifestantes pedia por uma intervenção do poder público para que fosse dado um fim ao impasse.
Até o momento a empresa apresentou apenas uma proposta aos trabalhadores. O documento foi elaborado na última sexta-feira, 11, após uma reunião realizada entre representantes da empresa e da Prefeitura. Na ocasião, o prefeito Celso Zuchi declarou que o proprietário da Auto Viação do Vale, Dilmo Berger, se comprometeu a agilizar as negociações com os sindicalistas.
Celso também pediu que houvesse uma cobrança maior para que os ônibus circulem ao menos com a frota mínima exigida pela determinação judicial. A frota completa da empresa compreende 20 veículos. Com o mínimo exigido haveria quatro carros circulando nos horários normais e 10 durante os horários de pico.
Apesar da proposta, uma assembleia realizada entre motoristas e Sindicato votou pela rejeição do documento com a afirmação de que as principais reivindicações não haviam sido contempladas. "Eles ofereceram apenas o reajuste do INPC, dos 5,83% que deveriam ter sido repassados em maio, e ignoraram o resto de nossas colocações", explica o presidente do Sindicato, Ari Gerner.
Para evitar prejuízos com a paralisação, a Prefeitura emitiu um decreto autorizando as indústrias do município a contratarem, em caráter emergencial, fretamento para deslocar os seus funcionários. "Atualmente a lei 2381, que regulamenta este serviço, impossibilita esta contratação. Estamos fazendo tudo o que pudemos para que população seja lesada o menos possível", explicou o procurador do município, Mario Wilson Mesquita.

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