Já imaginou ficar uma hora e meia preso no trânsito para passar por um trecho que, em dias ditos ‘normais’, você passaria em, no máximo, 15 minutos? Nos últimos dias, essa tem sido a realidade de quem precisa circular de carro por algumas ruas de Gaspar.
O trânsito da cidade está sendo definido como ‘caótico’, principalmente, por conta de duas situações: o fechamento das ruas Frei Solano e Leopoldo Alberto Schramm, mais conhecida como ‘Beco’, no Gasparinho, que está interditada para obra de substituição e ampliação do sistema de drenagem; e a implantação da primeira etapa do Plano de Circulação Viária de Gaspar, nas proximidades do Trevo da Parolli, nos arredores do entroncamento entre a Avenida Francisco Mastella e Avenida das Comunidades.
Conforme a prefeitura, o intuito das mudanças é “melhorar a mobilidade nos bairros e, principalmente, na região central de Gaspar”. As ações, porém, dividem opiniões.
O taxista Francisco Amarildo Müeller, que usa as estradas com fonte de renda há 38 anos, afirma que as longas filas estão dificultando o seu trabalho. “Prejudica bastante, porque eu deixo de fazer muitas corridas. Tem corridas que eu levaria 10 minutos e estou fazendo em meia hora ou mais. Isso prejudica nós, taxistas, e também o passageiro, que está dentro do táxi com o taxímetro rodando”, exemplifica.
Para Amarildo, o problema principal está no fechamento da rua do Beco. “O trânsito está bem intenso porque a rua do Gasparinho está trancada. Lá era a rota de fuga de muitas pessoas, já que o bairro faz muitas ligações. Agora, todos os motoristas têm que passar pelo Centro. Porém, acho que as mudanças no Trevo da Parolli são muito positivas”.
Apesar de as mudanças terem resultado em um grande fluxo de veículos principalmente na região central, o taxista afirma que a movimentação é intensa em outros bairros, como Coloninha, que concentra a movimentação de quem vem de Blumenau; e Margem Esquerda.
Enquanto o taxista aponta como positiva a mudança no Trevo da Parolli, a motorista Kely Aparecida dos Santos Tchaicka acredita que essa alteração piorou a situação do trânsito de Gaspar. “Eu passo ali todos os dias para ir a trabalho e o trânsito está bem complicado”, opina.
A principal mudança com a implantação da primeira etapa do Plano de Circulação Viária de Gaspar é o sentido único a partir da Avenida Deputado Francisco Mastella até a ponte junto à rua José Rafael Schmitt. Na antiga rotatória do mercado Top há um novo trevo canalizador, sendo que a Avenida das Comunidades, em frente ao Top, também passa a funcionar em sentido único até o trevo da Parolli.
Os motoristas que trafegam para o Centro, vindos da Avenida Francisco Mastella e Rodovia Ivo Silveira, devem seguir em sentido obrigatório pela Barão do Rio Branco até a rua José Rafael Schmitt, onde devem acessar a Avenida das Comunidades ou seguir pela Barão e utilizar a Industrial José Beduschi para chegar ao Centro. O retorno para o bairro Santa Teresinha também deve ser feito pela rua José Rafael Schmitt, ao lado do supermercado Top.
Já os motoristas que trafegam pela Avenida das Comunidades, vindos do Centro com destino aos bairros Santa Terezinha, Bateias, Barracão e Poço Grande, tem sentido único a partir do mercado Top. Os motoristas que desejarem acessar o bairro Sete farão o retorno próximo a lanchonete Skinão.
Para tirar a prova do que os gasparenses, de fato, estão achando da mudança, o Cruzeiro do Vale fez uma pesquisa em uma de suas redes sociais, o Instagram, e pediu que os leitores respondessem a seguinte pergunta: Você concorda com as mudanças no trânsito de Gaspar? Em 24 horas, 139 pessoas disseram que sim e 212 que não concordam.
Para as pessoas que não concordavam, pedimos que deixassem uma sugestão do que fariam diferente. A maioria das respostas foi igual: os internautas que acompanham as redes sociais do jornal removeriam a sinaleira da Avenida das Comunidades com a rua São José para dar mais fluidez no trânsito e substituiriam as duas faixa de pedestre, uma em frente a empresa Círculo e outra em frente à padaria Pão de Mel, por uma passarela elevada para os pedestres.
Além disso, outros leitores deram sugestões como construir uma ponte que ligue o bairro Figueira ao bairro Margem Esquerda; fazer uma pista dupla em frente ao restaurante Beira Rio, no Centro, ou, ainda, iniciar uma obras apenas quando a anterior já estiver concluída.
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