A pequena Vitória Helenne Cunha, 8 anos, traz no ombro a marca de uma das ?artes? que costuma aprontar. Como toda a criança, gosta de brincar e correr com os seus amigos e as marcas acontecem. Quem pensa que a menina serelepe quer algum brinquedo no dia das crianças, engana-se. O pedido que ela fez a mãe foi muito claro: quer um celular e ele tem que ter uma câmera digital. Vitória é apenas mais uma das crianças que estão trocando os tradicionais brinquedos, como bola ou boneca, por algum aparelho eletrônico.
O celular foi pedido não apenas para fazer ligações, mas principalmente para gravar vídeos e fotografar. ?Quero um para poder gravar um vídeo de uma apresentação que eu e minhas amigas fizemos na escola e também para bater foto e mostrar minha sala e minhas amigas para a minha mãe?, contou Vitória. A mãe, Iara Cunha, 41 anos, relatou que faz tempo que ela pede por um celular e que ela tinha um aparelho que fora de seu pai para poder brincar em casa. Ela acredita que Vitória deseja um celular porque todas as suas amigas já possuem um destes aparelhos. A filha mais velha de Iara, Tainara, de 14 anos, também já pediu por vários objetos eletrônicos. ?Ela queria um iPad ou um celular da marca Blackberry, mas vai ganhar uma impressora para poder imprimir em casa os trabalhos de escola?, contou.
Trocar os brinquedos por produtos eletrônicos está se tornando cada dia mais comum entre crianças e adolescentes que ainda ganham presentes no dia destinado aos pequenos. A secretária executiva da Câmara de Dirigentes Lojistas, Thainá de Oliveira, acredita que esta mudança está relacionada ao desenvolvimento de novas tecnologias. O movimento na cidade nesta época, de acordo com a secretária, cresce em média 10%, o que deixa a data atrás apenas do Natal e do dia das mães.
Vendas
Marcos Antônio Vieira é gerente de uma loja que vende tanto brinquedos quanto artigos eletrônicos e comentou que, embora os brinquedos ainda sejam os mais vendidos, a venda de celulares e notebooks tem crescido. ?O aumento na venda destes eletrônicos no dia das crianças é de cerca de 20%. É o pai quem compra, mas a decisão é sempre dos filhos?, explicou. Ele contou que isto acontece principalmente porque às vezes os pais não conhecem bem eletrônicos e os filhos sabem o que querem, pedindo por uma configuração exata quando entram na loja. Quando querem um celular, ele exemplifica, costumam querer um que tenha MP3 Player, câmera digital e cartão de memória.
Edição 1333
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