O desafio de deixar o cigarro de lado - Jornal Cruzeiro do Vale

O desafio de deixar o cigarro de lado

27/08/2011

fotopg14abreMD.jpgDepois das refeições, junto com café, ao entrar no carro. São situações como estas que os fumantes associam como momento para fumar. ?O fumante sempre liga o cigarro com alguma situação. Tirar as associações é o mais difícil?, contou Maria da Graça Albino, psicóloga do Programa de Controle ao Tabagismo. A luta contra o nocivo hábito de fumar ganha mais força no dia 29 de agosto, data que marca o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

Mauri Sabino, 52, já parou de fumar várias vezes e agora passa por mais uma fase de luta contra o vício. Ele fuma desde os 12 anos de idade e já chegou a ficar quatro anos sem colocar um cigarro na boca. Por já ter ficado tanto tempo sem o vício, ele afirma que tudo muda quando se para de fumar, tanto a resistência e força do corpo quanto o gosto da comida. Fazia dois anos que ele estava sem fumar, quando retornou o hábito, há cerca de dois meses atrás. ?Voltei a fumar e percebi que o cigarro estava me fazendo muito mal. Por isso resolvi parar novamente e procurei um médico que me receitou um medicamento para auxiliar?, contou.

Para pessoas que, a exemplo de Mauri, desejam parar de fumar, existe o Programa de Controle do Tabagismo, um projeto do governo do estado que existe em Gaspar de forma gratuita. Acompanhados de psicóloga e médico, os fumantes comparecem a quatro reuniões estruturadas, em que recebem manuais e depois a encontro mensais para a manutenção do tratamento, que também inclui medicação e adesivos de nicotina. ?Antes de entrar no programa, a pessoa passa por uma entrevista em que são coletados seus dados, histórico de doenças e história tabagística. Para parar de fumar, tem que haver uma mudança de comportamento, alimentar, e de atividades físicas, pois ele causa dependência química, psicológica e de comportamento?, explicou Maria da Graça.

Receita Federal estipulou preço mínimo de R$3 por maço de cigarros

Manter o vício do cigarro ficará mais caro a partir de novembro deste ano. O preço mínimo do cigarro a partir desta data será fixado em R$3,00. A decisão da Receita Federal está regularizada no decreto de número 7.555, que prevê novos aumentos em 2013, 2014 e 2015. Mesmo com o aumento de preço, Carlos Francisco de Souza não acredita que haverá diminuição nas vendas de cigarros na sua lanchonete. ?Fumantes deixam de comprar outras coisas para comprar cigarro, então acredito que não irá afetar?, opina o comerciante, que vende cerca de R$600 por semana em cigarros.

Fumante desde os 18 anos, Magali Müller Censi, 51, acredita que talvez venha a consumir um pouco menos, porém continuará a fumar mesmo com o aumento do preço. ?Fumo pelo menos dez cigarros por dia. Por semana, devo consumir uns cinco maços, pois no final de semana fumo sem bandeira?. Magali já paga R$4,75 por maço, tendo um gasto médio semanal de R$23,75 e com o preço mínimo mais alto, a tendência é de que o cigarro da marca que compra fique também mais caro e a gasparense já se prepara para assumir mais esta despesa no orçamento familiar.

Edição 1321

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