Francisco Vanzuiten, um aposentado de 81 anos, é morador do bairro Figueira e considerado uma figura querida e simbólica para a cidade de Gaspar. Há 24 anos, ele mantém uma tradição que começou em Joinville, mas que, nos últimos 18, tem encantado e emocionado moradores da cidade: vestir-se de Papai Noel e espalhar alegria, amor e união. Você provavelmente já passou pelo bom velhinho sentado em frente à sua casa... Mas a missão dele vai além de distribuir presentes – ele leva consigo o verdadeiro significado do Natal, incentivando a solidariedade e o espírito de comunidade.
A ideia de se tornar o bom velhinho surgiu quando ainda morava em Joinville, em 2000. No entanto, quando voltou a viver em Gaspar, em 2006, Francisco e sua esposa decidiram trazer essa tradição para a cidade. “Faltava isso aqui em Gaspar, alguém que fizesse, que incentivasse as crianças e os vizinhos a celebrar o Natal de uma maneira mais unida”, lembra Francisco. Para ele, o Natal é um momento de reflexão, de pensar em Jesus e na importância de fortalecer os laços familiares. “É uma alegria muito importante para dentro das pessoas”, afirma com um sorriso no rosto. Ele acredita que, apesar dos presentes e das festividades, o verdadeiro significado da data está no nascimento de Cristo e na união das famílias.
Ao longo dos anos, Francisco compartilhou momentos emocionantes. Um dos mais marcantes aconteceu quando uma criança lhe pediu uma bicicleta. Mas não para ela própria... mas para o pai, que precisava da bicicleta para trabalhar. “Isso foi muito emocionante para a gente”, conta Francisco. A alegria de conseguir realizar esse desejo foi imensa e a entrega da bicicleta para a criança e sua família é lembrada com carinho até hoje.
Francisco também se dedica a ajudar as crianças em vulnerabilidade social e moradores da vizinhança. Sua atuação como Papai Noel vai além das entregas de presentes. Ele se preocupa com cada sorriso, cada abraço e com as famílias que se reúnem ao redor de sua figura. O bom velhinho de Gaspar é um exemplo de como pequenos gestos podem fazer uma grande diferença. “Tudo o que fizemos é para trazer um pouco de felicidade e união para as famílias”, diz, com a voz embargada pela emoção.
O ano de 2024 foi desafiador, mas Francisco segue com esperança e fé no futuro. “Esperamos que 2025 seja melhor, que seja um ano de mais saúde e paz para todos”, deseja o aposentado, que também não deixa de agradecer a todos que passam por sua casa, cumprimentando-o e recebendo um presente. “É muito bom ver a felicidade das crianças e das famílias. É isso que faz tudo valer a pena”, conclui.
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