Pesquisas revelam que homens não cuidam da própria saúde - Jornal Cruzeiro do Vale

Pesquisas revelam que homens não cuidam da própria saúde

19/07/2011

fotopg10abreMD.jpgVocê sabia que os homens apresentam maior mortalidade do que mulheres em praticamente todos os ciclos de vida? Dados do Ministério da Saúde, levantados em comemoração ao Dia do Homem, celebrado em 15 de julho, revelam que a cada três mortes de pessoas adultas no país, duas são de homens. Os dados são ainda mais alarmantes quando relacionados aos jovens. Na faixa etária dos 20 aos 30 anos o risco de morte é 80% maior do que as mulheres.
Os homens também apresentam mais resistência a procurar cuidados médicos e a realizar atitudes preventivas. Arnaldo Munhoz, enfermeiro coordenador dos Postos de Saúde de Gaspar revela que a cidade não possui dados oficiais sobre a procura dos homens pelo tratamento de doenças nas unidades de saúde, porém, revela que o número de atendimentos a homens é bem inferior ao número de atendimentos de mulheres. ?O homem por si só não cuida da sua saúde, quando eles procuram os postos é geralmente porque já estão com alguma doença. Eles não se conscientizam sobre a importância da prevenção da doença e este é um cenário nacional, não apenas de Gaspar?, alerta.

Segundo o enfermeiro, a equipe do PSF do Bela Vista até tentou iniciar um grupo de homens, para a prevenção de doenças, porém, não houve procura e o grupo foi extinto.

Os dados levantados pelo Ministério da Saúde revelam que eles vivem, em média, sete anos menos do que elas e têm mais doenças do coração, câncer, colesterol e pressão arterial elevada e maior tendência à obesidade. Além disso, utilizam álcool e outras drogas em maior quantidade, estão mais expostos aos acidentes de trânsito e trabalho, e encontram-se envolvidos na maioria das situações de violência.
?Os homens, de maneira geral, desde cedo são educados para não entrar em contato com sua fragilidade, mantendo a aparência de que são fortes e auto-suficientes. Com um isso, constroem a fantasia de que nunca vão adoecer ao mesmo tempo em que, paradoxalmente, alimentam um incrível medo de descobrir doenças. Crescem com isso, defendendo-se de sua sensibilidade e sem conseguir desenvolver auto-cuidados com sua saúde?, afirma o coordenador da área técnica da Saúde do Homem do Ministério da Saúde, Eduardo Chakora.
Chakora explica ainda que é fundamental que os homens revejam seus valores e crenças e dêem a devida importância ao seu bem mais precioso ? a saúde ? e com isso possam manter-se saudáveis em várias das fases dos ciclos de vida.

Política Nacional

Pensando nesse perfil, o Ministério da Saúde desenvolve a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, lançada desde agosto de 2009. A iniciativa é uma resposta à observação prática de que os agravos do sexo masculino são um verdadeiro problema de saúde pública. O principal objetivo da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem é facilitar e ampliar o acesso da população masculina às ações e aos serviços de assistência integral à saúde. A política também busca atuação nos aspectos sócio-culturais sob a perspectiva de gênero, contribuindo de modo efetivo para a redução da morbidade e da mortalidade e para a melhoria das condições de saúde dessa população, utilizando como porta de entrada a Atenção Básica e a Estratégia Saúde da Família (ESF).

Edição 1310

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