Posto da Margem Esquerda também está sem atendimento médico - Jornal Cruzeiro do Vale

Posto da Margem Esquerda também está sem atendimento médico

18/10/2011

Os moradores dos bairros Lagoa e Margem Esquerda, atendidos pelo posto de saúde Waltrudes Bósio, estão agora na mesma situação que os moradores do bairro Figueira. Ao ter um problema de saúde e procurar atendimento médico no local, a pessoa será informada de que não há nenhum médico trabalhando. Nesta segunda-feira, 17, o profissional que atendia a região se desligou do cargo e os casos urgentes estão sendo encaminhados ao posto de saúde central.

De acordo com a secretária de Saúde, Honorina da Silva, o médico desta unidade de saúde mora em Itapema, e ao ter uma oportunidade resolveu trabalhar em sua própria cidade. Quanto ao médico que atuava no bairro Figueira, o que aconteceu foi uma diminuição na carga horária. Ele trabalha também no posto de saúde central e preferiu se restringir ao trabalho no Centro. Honorina afirma que a falta de médico nos bairros não está sobrecarregando o posto de saúde central, pois são encaminhados até o local casos de urgência e emergência, categorias que já seriam atendidas no local ou então encaminhadas ao Hospital da Gaspar. Ela destaca que, embora não haja médicos, os outros funcionários dos postos continuam a atender em horário normal. ?Hoje a estratégia de saúde da família é um contexto ampliado, é um trabalho conjunto que tem também enfermeiros, técnicos de saúde e agentes de saúde. Nem tudo se resume a uma consulta, às vezes é apenas uma orientação que pode ser dada por estes profissionais?.

A secretária afirma estar em busca de novos médicos para suprir as necessidades dos postos, porém, comenta que o mês de outubro é um em que há sempre dificuldade em conseguir profissionais desta área. ?Este é o mês em que os médicos fazem a prova para residência em hospitais. Se passam, optam por esta atividade. A resposta que recebemos é de que dependendo do resultado da prova, irão nos procurar?, justificou. Além desta dificuldade, Honorina cita mais dois agravantes para a situação da falta de médicos: a necessidade de uma melhoria salarial e a falta de profissionais da área. De acordo com ela, a carência de médicos é uma realidade nacional e não se resume a Gaspar.

Enquanto a Secretaria segue em busca de médicos que estejam disponíveis para atender a população dos bairros Figueira, Margem Esquerda e Lagoa, os casos de emergência continuam sendo encaminhados para a unidade de saúde central. O serviço de enfermagem é feito pelos profissionais de cada posto, mas quem precisa de atendimento médico sem urgência precisará esperar pela chegada de novos profissionais.

Edição 1335

Comentários

Cristiano Nascimento Costa
20/10/2011 09:48
A verdade, é que não a transparencia na nota dada pela Secretaria de Saude sobre a minha saida do Posta de Saude da Margem Esquerda, o que aconteceu, é que no dia 30/09/2011 tive parte do meu salario retido, não aceitando tal situação, solicitei a Sra Fatima (sec. de saude), que realize o pagamento do restante do salario, que foi pago apos uma semana. O real motivo da minha saida é que meu contrato terminou no dia 18/10/2011, e não foi procurado pela atual secretaria de saude, para renovar o contrato com a Prefeitura de Gaspar, apos quase 5 anos de trabalhos prestados no posto de saude da Margem Esquerda e no CAR, tambem não é verdade que estou trabalhando em outro municipio por uma melhor proposta, gostaria que a Secretaria de saude tivesse maior respeito com a população de Gaspar, já que não tiveram comigo e com a minha familia.
Obrigado.
Dr Cristiano N. Costa.
Joao
19/10/2011 10:21
Onde esta a transparência pregada pelo governo PT ? Por que não falam a verdade ao povo Gasparense a respeito da saída repentina destes profissionais da saúde Sra Honorina da Silva?
A bagunça começou após a saída do ex secretario da Saúde Francisco Hostins Junior não é verdade?
Pergunto também onde esta o médico psiquiatra do CAPS????
Joao Oldair Nicoletti
18/10/2011 21:21
Explica mas não justifica. Como sempre, os menos favorecidos acabam pagando a conta pela incompetência da administração pública. Pergunto, os moradores dos bairros que agora estão sem atendimento médico serão isentos dos impostos? Digo isto porque a saúde bem como a educação e a segurança deveriam ser as grandes prioridades da administração pública, que tem suas verbas asseguradas pelas altíssimas taxas tributárias exigidas da sociedade. Espero sinceramente que os responsáveis resolvam para ontem esta situação, visto que a doente não pode esperar.

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