Os moradores dos bairros Lagoa e Margem Esquerda, atendidos pelo posto de saúde Waltrudes Bósio, estão agora na mesma situação que os moradores do bairro Figueira. Ao ter um problema de saúde e procurar atendimento médico no local, a pessoa será informada de que não há nenhum médico trabalhando. Nesta segunda-feira, 17, o profissional que atendia a região se desligou do cargo e os casos urgentes estão sendo encaminhados ao posto de saúde central.
De acordo com a secretária de Saúde, Honorina da Silva, o médico desta unidade de saúde mora em Itapema, e ao ter uma oportunidade resolveu trabalhar em sua própria cidade. Quanto ao médico que atuava no bairro Figueira, o que aconteceu foi uma diminuição na carga horária. Ele trabalha também no posto de saúde central e preferiu se restringir ao trabalho no Centro. Honorina afirma que a falta de médico nos bairros não está sobrecarregando o posto de saúde central, pois são encaminhados até o local casos de urgência e emergência, categorias que já seriam atendidas no local ou então encaminhadas ao Hospital da Gaspar. Ela destaca que, embora não haja médicos, os outros funcionários dos postos continuam a atender em horário normal. ?Hoje a estratégia de saúde da família é um contexto ampliado, é um trabalho conjunto que tem também enfermeiros, técnicos de saúde e agentes de saúde. Nem tudo se resume a uma consulta, às vezes é apenas uma orientação que pode ser dada por estes profissionais?.
A secretária afirma estar em busca de novos médicos para suprir as necessidades dos postos, porém, comenta que o mês de outubro é um em que há sempre dificuldade em conseguir profissionais desta área. ?Este é o mês em que os médicos fazem a prova para residência em hospitais. Se passam, optam por esta atividade. A resposta que recebemos é de que dependendo do resultado da prova, irão nos procurar?, justificou. Além desta dificuldade, Honorina cita mais dois agravantes para a situação da falta de médicos: a necessidade de uma melhoria salarial e a falta de profissionais da área. De acordo com ela, a carência de médicos é uma realidade nacional e não se resume a Gaspar.
Enquanto a Secretaria segue em busca de médicos que estejam disponíveis para atender a população dos bairros Figueira, Margem Esquerda e Lagoa, os casos de emergência continuam sendo encaminhados para a unidade de saúde central. O serviço de enfermagem é feito pelos profissionais de cada posto, mas quem precisa de atendimento médico sem urgência precisará esperar pela chegada de novos profissionais.
Edição 1335
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