Os seis camelôs que trabalhavam no terreno cedido pela Prefeitura, na rua Coronel Aristiliano Ramos, viram seus sonhos serem destruídos no início da tarde deste sábado, 14, quando a equipe da prefeitura derrubou a construção onde eles trabalhavam.
A destruição do local foi determinada pelo prefeito Adilson Schmitt, que pretende vender o terreno para arrecadar recursos para o município.
Segundo os comerciantes, o prefeito não respeitou o acordo feito entre o grupo e a administração pública, em meados de maio deste ano. Na época, ficou estabelecido o prazo de trinta dias para que os camelôs saíssem do local. Porém, caso o terreno não fosse vendido, eles teriam mais trinta dias para vender suas mercadorias. "Como o terreno não foi vendido, nós esperávamos poder ficar mais estes trinta dias. Ainda tínhamos produtos para serem vendidos. Fomos pegos de surpresa no final da tarde de sexta-feira, quando os fiscais vieram ordenar que saíssemos, pois o local seria destruído", conta Daiana Hipólito.
Com a destruição do local os lojistas ficaram sem um espaço para vender suas mercadorias. O grupo ainda está decidindo se entrará com uma ação de indenização, pois o poder público não cumpriu com sua parte no acordo feito em maio deste ano. Paulo Luis Schmitt, advogado do grupo, revela que é possível entrar com a ação de indenização, basta que os camelôs tenham interesse. "O que vemos é uma atitude de abuso de poder por parte do prefeito. Tínhamos um acordo e este acordo não foi cumprido. Vejo a destruição do local como uma atitude arbitrária", opina o advogado.
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Solução
Segundo Daiana, antes de entrar com a ação judicial os camelôs pretendem conversar com o prefeito para tentar negociar o aluguel do terreno. "Como o terreno não foi vendido, vamos propor o aluguel do espaço, para que possamos dar continuidade ao nosso trabalho", revela a camelô.
O procurador do município, Aurélio Marcos de Souza, foi procurado para falar sobre o assunto, porém, não foi encontrado nem na prefeitura e nem ao telefone celular.
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