Prefeitura desiste de comprar terreno no Poço Grande - Jornal Cruzeiro do Vale

Prefeitura desiste de comprar terreno no Poço Grande

10/04/2009

A polêmica gerada pelos moradores do Poço Grande, que se manifestaram contra a compra de um terreno de 40 mil metros quadrados para a construção de casas para alojar os desabrigados da tragédia de novembro, resultou no fim das negociações da Prefeitura naquele bairro.
Segundo o secretário de Planejamento e Desenvolvimento, Rodrigo Althoff, a Companhia de Habitação de Santa Catarina não aceitou o terreno apresentado pelos moradores, que era menor e abrigaria apenas algumas famílias, e por isso a Prefeitura decidiu encerrar as negociações, para não entrar em conflito com a comunidade.
"Recebemos outras propostas de terrenos em outros bairros. São áreas nobres, e o custo/benefício nestes novos locais será ainda melhor que o oferecido no terreno que estava em negociação no Poço Grande", explica o secretário.
Ao todo, a Prefeitura possui outras duas novas propostas, que estão sendo analisadas e deverão ser finalizadas em breve. "Temos pressa em negociar estes terrenos, pois temos previstas para Gaspar a construção de 36 casas, através da Cohab e do Instituto Ressoar e outras 30 casas que serão erguidas por uma empresa privada", revela Rodrigo.

Casas
As 66 novas casas a serem erguidas não acabarão com o déficit habitacional da cidade, que passa de mil residências, porém, ajudarão a abrigar algumas famílias atingidas pelas cheias.
Segundo o secretário a prioridade de entrega das casas será dada para as famílias abrigadas ou que estão em casa de parentes e que perderam o imóvel próprio.

Entenda o caso
Os moradores do Poço Grande foram informados de que a Prefeitura iria adquirir um grande terreno no bairro para construir diversas casas populares para os desabrigados da enchente. Preocupada com a falta de infraestrutura, a comunidade decidiu se manifestar contra a compra do local e sugeriu um novo terreno, onde a Prefeitura poderia alojar cerca de 20 famílias.
O prefeito aceitou a proposta da comunidade e na manhã de segunda-feira, 6, uma equipe da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento analisou o novo terreno que apresentava uma série de dificuldades como falta de saneamento, necessidade de aterro e alto custo. Por estes motivos o terreno não foi aceito pela Companhia de Habitação de Santa Catarina, responsável pelo repasse do dinheiro que será utilizado para compra deste e outros imóveis.

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