Um muro oculta toda a visão que se poderia ter do Rio Itajaí-Açú no trecho localizado em frente à Praça Getúlio Vargas. Desde junho de 2009, mês em que uma reportagem do Jornal Cruzeiro do Vale mostrou o projeto inteiro, o Gaspar Cidade Rio tenta sair do papel e se tornar realidade no cotidiano dos gasparenses. O primeiro passo do projeto seria a construção de um deck no local que hoje é ocupado pelo muro. Por enquanto a obra continuará sendo um desejo. Os recursos destinados a construção deste mirante eram de uma emenda parlamentar do deputado Cláudio Vignatti e tiveram de ser devolvidos, pois nenhuma empresa se interessou em participar da licitação para a obra.
?O município lançou por duas vezes a licitação para a execução do mirante, na segunda vez o projeto inclusive foi ajustado para que viabilizasse a participação de empresas. Porém, por duas vezes a licitação foi deserta, ou seja, não houve empresas interessadas e o município não conseguiu utilizar os recursos?, explicou a secretária de Planejamento e Desenvolvimento, Patrícia Scheidt. A secretária conta que o valor do convênio somava R$200 mil e só poderia ser usado para esta finalidade e que o prazo para o início das obras já passou, era 30 de setembro.
Embora neste momento o projeto ainda se mantenha no papel, a ideia é reajustá-lo para que possa ser feito em outra oportunidade. A secretária afirmou que o município quer e precisa valorizar o rio Itajaí-Açú. Dayro Bornhausen, secretário do Turismo, Indústria e Comércio também acredita que este seja apenas um adiamento, pois o único problema que houve foi em procurar uma empresa interessada na construção do deck com mirante. ?Pelo menos esta parte do deck é algo que está mais próximo e possível. O projeto inteiro fica complicado?, comentou.
O deck, para Dayro, seria uma continuidade da Praça Getúlio Vargas e iria, antes de tudo, valorizar o rio que corta a cidade. Ele afirma que Gaspar é carente de espaços para o lazer dos moradores e que eles seriam os principais beneficiados por poder contar com a construção. ?Este espaço valoriza o meio ambiente e não se parece com nada que temos em Gaspar. As pessoas não têm tanto o hábito de admirar o rio, até porque há muitas construções em suas margens?. Além disso, ele acredita que quanto mais atrativos deste tipo existirem na cidade, mais turistas irão se interessar por Gaspar. Ele citou que há a possibilidade de o deck ser feito no ano que vem com recursos próprios da prefeitura.
O projeto
Na reportagem de junho de 2009, o então secretário do Turismo, Rodrigo Schramm, afirmou que o projeto seria executado em várias etapas e previu o início das obras para o segundo semestre daquele ano, sendo que a primeira etapa compreenderia a construção do deck com mirante. A passarela do Gaspar Cidade Rio tem ciclovia e decks nas margens do rio em um trecho que iria do ribeirão Gaspar Mirim, onde fica a Sociedade Alvorada, até o ribeirão Gaspar Grande, onde fica o Posto do Julinho.
Edição 1338
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