Prefeitura faz demolição de casas que ameaçavam desabar - Jornal Cruzeiro do Vale

Prefeitura faz demolição de casas que ameaçavam desabar

18/03/2011

img1430MD.jpgA presença das viaturas da Polícia Militar às margens da rodovia Jorge Lacerda, em Ilhota, chamou a atenção de todos que passaram pelo local na manhã desta segunda-feira, 21. Depois do desabamento de três casas na manhã da última sexta-feira, a equipe da Defesa Civil da cidade vizinha decidiu demolir as demais construções que apresentavam riscos de desabar.

Ao todo sete construções foram demolidas, seis casas e um estabelecimento comercial. A demolição ocorreu durante toda a manhã de ontem e foi apoiada pela equipe da polícia militar, que garantiu a segurança dos trabalhadores e dos veículos que passavam pela rodovia.

Antônio Fonseca aproveitou a escolta policial para retirar os restos de madeira da casa onde morava com a filha de cinco anos de idade. O morador havia deixado o local no dia 13 de março, quando a primeira rachadura apareceu. ?Não quis por a vida da minha filha em risco e por isso saí. Foi sorte, pois sexta-feira parte da minha casa desabou. Agora vou ver o que consigo aproveitar destas madeiras e tentar reconstruir minha vida. Mas não tenho para onde ir?, relata o morador que por enquanto está hospedado na casa de sua mãe.

Antônio e todas as outras famílias que deixaram suas casas precisarão buscar ajuda da Secretaria de Assistência Social de Ilhota que, segundo o prefeito Ademar Felisky, vai cadastrar estas famílias para receberem as moradias populares que estão sendo erguidas no bairro Missões. ?Por enquanto estas pessoas estão alojadas em casas de parentes. Mas vamos dar assistência para todas elas?, garante o prefeito.

Ivo Varela, que tinha uma loja e residia no local, preferiu não esperar pela Prefeitura e já alugou uma casa para ficar com a família. Ao todo seis pessoas moravam em sua casa e na manhã desta segunda-feira o empresário esteve no local para retirar a placa de sua loja. ?Não tenho como abrir minha loja em outro local, perdi toda a mercadoria e esse era meu único sustento?, desabafa o morador.


Geólogo

Segundo Paulo Drunn, diretor da Defesa Civil de Ilhota, não há outras moradias em risco aparente nas margens do rio Itajaí-Açú, porém, um geólogo da UFSC já foi acionado e será enviado pela Defesa Civil Estadual para avaliar toda a margem do rio, desde a divisa de Ilhota com Gaspar até a divisa com Itajaí. ?Se formos informados de que novas construções estão em risco vamos interditar e se for preciso demolir. O que importa é garantir a segurança das pessoas?, afirma o diretor, que acompanhou de perto os trabalhos de demolição realizados na manhã desta segunda-feira. No início de 2010, outras três moradias foram demolidas nas margens do rio Itajaí-Açu em Ilhota.

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Construções caem no Rio Itajaí-Açu no centro de Ilhota

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Uma extensão de 150 metros às margens do Rio Itajaí-Açu foi interditada pela Defesa Civil de Ilhota, no centro da cidade, no domingo passado, quando rachaduras começaram a aparecer no terreno após as fortes chuvas que caíram no Vale do Itajaí. E, desde então, os moradores foram orientados a deixar o local.

Nesta quinta-feira à noite, às 21h, o barranco cedeu e engoliu casas e um comércio.

O agente da Defesa Civil de Ilhota, Roberto Carlos Merlini, relatou que, naquela local, havia um comércio de moda íntima e residências de sete famílias.

Jandira Siqueira, proprietária da Loja Planeta Modas, perdeu toda a construção, máquinas de costura e o estoque da loja, pois tudo foi parar no rio.  ?Consegui recuperar apenas algumas peças de roupa e não sei como vou recomeçar e também  não tenho onde morar, já que residia no porão da loja?, lamenta a  moradora.

Quem está muito preocupado também é o empresário Ricardo Teixeira de Melo. Ele possui sua residencia, loja e  confecção num prédio ao lado do desbarrancamento. Sua construção não foi atingida e a Defesa Civil já contratou um geólogo para analisar as condições do prédio. ?Meu ponto comercial é muito conhecido, sem ele não sei o que fazer?, disse o empresário preocupado com a situação.

Ninguém ficou ferido com o desbarrancamento. As famílias buscaram auxílio nas casas de parentes e amigos.

 

Clique AQUI e confira mais imagens do desbarrancamento.

 

EDIÇÃO 1276

Comentários

Paulo Henrique
21/03/2011 22:13
Sr. Edmar.

A sua observação cheira a alguma patrulha ilhotense e com culpa no cartório deste desbarrancamento ou de construções em situação duvidosa e que estão para alugar. Nada mais.

Mas tenho dúvidas. O tal do Ronnie, pelo que eu li na semana passada aqui no jornal, apanhou do pessoal do PT de Gaspar mais do que cahorro sarnento, só e também porque expressou a opinião dele. Coitado, foi enxovalhado de dar dó.

Não vou ser candidato a nada, sr. Edmar. Não vou tomar o seu lugar e privilégios. Outra. Precisa ser candidato para ter opinião e expressá-la livremente aqui? Ou por eu ter um ponto de vista bem claro não posso ser respeitado e preciso ser logo taxado de político, dissimulado e enganador? Foi isso que o sr. fez para ser político. E para finalizar: alcaide no legislativo? Não entendi. Que eu saiba, um é do poder executivo e o outro, distinto, é para fiscalizar e fazer as leis. Estou errado?
Edmar Ribeiro Azevedo
21/03/2011 20:52
Sr. Paulo Henrique!!!

Pelo que vejo em suas explanações o sr. esta louco para assumir uma vaga de algum alcaide, quer seja no legislativo, que nao resolve nada ou quisá no executivo, que também nao resolve. Mas alguns expertos, como o sr. e sr. Ronnie Muller, que até já tem um programinha de " rádiazinha" querem na verdade a auto-promoção e depois angariar votos..... nada mais do que isso, sempre foi assim. Quem se escapa disso é o só Herculano, até o Gilberto, ja tentou a sorte... isto desagrada o eleitor inteligente.
Paulo Henrique
21/03/2011 18:48
Fernando, explica-me uma coisa: quem autorizou esse pessoal construir onde se constriu? Ou quem era para fiscalizar e não fiscalizou ou fechou o olho? É esse pessoal que devia arranjar e pagar uma nova casa para essa gente, não nós com os nossos altos impostos e que dizem que está faltando para a saúde, educação e obras em Ilhota. Você não acha?

Falando em olho fechado. É só passar um pouquinho para baixo do supermercado em direção a Itajaí e ver que tem gente que não apenas construiu na barranca faz uns meses, mas fincou as estacas quase dentro do Rio. E tá lá uma placa de aluga-se. Todo mundo que passa, todo mundo vê. Não faz nada. E agora é nós que vamos pagar o prejuízo da irresponsabilidade, ligeireza e esperteza de quem construiu, autorizou e fechou o olho para essas barbariedades. Para sô.
fernando
21/03/2011 17:39
Fazer o quê! É melhor derrubar do que ir junto com a água depois. Agora a Prefeitura tem que ajudar na desburocracia para encontrar outra moradia.
cecilia werner
21/03/2011 07:54
Falta engenheiro ou fiscalização ,concientização da parte da população. Depois da tragedia de 2008 muitas casas foram e estão sendo construidas em locais considerado de alto risco .Se o sólo deceu sem construção posso imaginar que com o peso do material das construçãos o risco é bem maior .Este é o brasil do crecimento completamente desorientado para enfrentar o aquecimento global .Quantas vidas de inocentes precisam ser sacrificadas com as fúrias da natureza, para que os responsaveis e os proprietários que tem o poder das terras fora das árias de risco possam abrir mão e compartilhar com o proximo ? como vc comsegue dormir com as fortes chuvas sabendo que muitas pessoas principalmente as crianças e dificientas estão correndo o risco de ser levados pela velocidade das águas ou pelos intulios das comstruçães? A respponsabilidade é de todos vamos acordar para não precisar lamentar essa é a verdadeira ora......ção . Alerto a comstrução quanto maior mais pessada ,e o risco é mais brutal em um desabamento .Nos não somos imortais somos muito fragil precisamos ter uma união para não carregar a culpa das consequencias e lamentaçães. deixar a ganancia de ter e ser mais humano para dar um espaço para a paz e a dinidade que é um direito de todos
Herculano
20/03/2011 16:18
Ao senhor Guido.

Este assunto é muito importante e é bom para todos que haja um debate, e não apenas se apontem culpados para mascarar a anormalidade. O debate leva ao amadurecimento, à conscientização e à cidadania. A cidadania respeita de forma natural e não por imposição, as leis dos homens e da natureza. Arbitra os conflitos.

Primeiro. Quem está nas barrancas dos rios e naquela situação em Ilhota, não podem ser proprietários daquelas terras. Podem, no máximo, ter um título de posse. Aquelas terras são de domínio do estado, pois são lindeiras e de proteção de uma Rodovia (movimentadíssima) até então estadual. Depois. Na atual e na velha legislação (mais branda e permissiva para tal), essas terras seriam ou deveriam ser da proteção das margens do Rio (inclusive para a própria segurança da Rodovia).

Segundo. Olha caro Guido, não deveriam ser os defensores da natureza as pessoas apontadas como as que querem que os "proprietários" saiam de suas "propriedades" onde estão perigosamente instaladas. Pela ordem, entendo, deveriam ser os que defendem a vida dessas pessoas pois elas estão em área flagrantemente de risco (não só as que deslizaram para o Rio, mas muitas outras); depois, as próprias pessoas que estão expostas ao risco; em seguida, as autoridades que permitem a ocupação ilegal e se responsabilizam nos riscos de vidas; e nesta escala, vem ainda a própria sociedade que não poderia admitir tal situação e só então, os defensores da natureza, sem serem radicais ou ecochatos.

Por enquanto, essa gente é proprietária de riscos, perigos e de um passaporte para a perda de patrimônio e vidas, antes de estarem infrindo as leis dos homens e da natureza.
Guido d Souza e Silva
20/03/2011 10:08
E a extração de areias (necessária pra o desenvolvimento, construções etc...)! também colaboram no desassoreamento de rios e desbarrancamentos e as pessoas devem evitar construções nas barrancas do rio, alias posso ser sonhador, como já dizia alguém, mas entendo que paulatinamente todos os imóveis deveriam ser removidos das belas barrancas do rio Itajaí a Sul. Pense um pouco e imagina àquela barranca de rio onde tem vários botecos, fosse límpida e com visual alucinante...mas os proprietários, ricos, pobres igrejas, não querem e ai existe uma certa razão de agir pensarem. Há muitos interesses em tudo isso, egoísmo por parte de alguns, intransigência de outros e
há também os que querem derrubar(defensores da natureza, os que também devem ser respeitados) tudo e não enxergar o lado de quem ali(propriedade) se estabeleceu
acreditou e investiu.
cecilia werner
19/03/2011 08:41
As drenagens e a estração de areias em rios mexe com a estrutura da laterau dos rios que vai se declinando com o tempo comprometendo as comstruçães lá construidas ;A Aatureza repoim novamente tudo que é tirado mas quem perde é aquele povo que fez as suas construção nessas árias .Por exemplo braço do bau ;Algumas vezes foi destruido as pequenas vejetaçães e plantaçães para limpar o riberão .! Pode comprometer o calçamento e os moradores que dependem daquela estrutura da lateral do riberão , tudo pode voltar ao rio novamente se vir muita chuva com barreiras .Um dinheiro envestido que poderia servir para tirar as pessos dessa Na minha visão eu tenho uma certeza quanto mais atacar e agredir mais seremos atingidos e agredidos é triste que perde .São erros do passado que precisam ser corrigido para não ter estes prejuisos que poderiam ser envitado se as autoridades e o povo humano respeitasem as paisagems naturais e a todos os sobreviventes.
Herculano
18/03/2011 17:43
VALE A PENA LER DE NOVO, E REFLETIR

Este comentário está na minha Coluna "Olhando a Maré" aqui no portal. Ela respondia a um leitor que questionava de quem era a culpa ou a responsabilidade de mais este desastre.

Colo parte do que comentei:

"O certo é que, enquanto não houver uma mudança na legislação, imputando pessoalmente à autoridade municipal, estadual e federal este crime de ação e omissão, ela não estará nem ai para os acontecimentos. Este tipo de acidente, anunciado, em alguns casos é até desejado, e funciona como uma espécie de bolsa votos, mas com o seu, o meu, o nosso dinheiro (dos pesados impostos).

Esta casa que desabou na Ilhota, por exemplo, não poderia estar ali por duas razões: primeiro porque ela está na faixa de domínio da Rodovia (na verdade no acostamento, um perigo, uma vergonha para todos); segundo, porque ela está, literalmente (é só conferir as fotos e eu passei agora de manhã pelo local) quase dentro do Rio (as favas os 100 metros ou os 30 metros que alguns defendem). Mais: faltou e falhou o Ministério Público, quando as entidades como a Acaprena, prefeitura, Deinfra, Fatma, Ibama fecharam o olho e as autoridades fingiram que não tinham responsabilidade cidadã nem mesmo com a ameaça de morte de pessoas.

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