As frases escritas a mão e coladas nas paredes e móveis da sala de aula expressam a insatisfação da maioria dos professores da escola Norma Mônica Sabel com relação às negociações do reajuste salarial dos servidores públicos. Os educadores aproveitaram uma capacitação, oferecida pela Secretaria de Educação na manhã desta quarta-feira, 27, para mostrar ao Poder Público que estão se sentindo desvalorizados devido a forma como o assunto reajuste foi tratado com os servidores.
Terezinha Ramos, que há 21 anos leciona na escola Norma Mônica Sabel, explica que a ideia dos professores insatisfeitos, que são cerca de 60%, foi fazer uma manifestação pacífica. ?Foi a forma que encontramos para ser vistos e agora queremos ser ouvidos. Não fomos ouvidos na manifestação embaixo da Figueira, não fomos ouvidos na audiência pública e tudo isso fez com que ficássemos com a auto estima baixa?, destaca. A professora Gracia Margarida Russi Prade faz coro com Terezinha. ?Queremos que o Poder Público venha aqui na escola e converse conosco, pois estamos muitos desmotivados para exercer nosso trabalho?, aponta.
Para as educadoras, a pior atitude do governo foi a de descontar o dia da paralisação no mesmo mês em que houve o manifesto. ?Sabemos que as folhas já estavam prontas e eles refizeram a folha com o desconto apenas por birra. Não somos crianças para ser tratados deste jeito?, desabafa Terezinha.
O secretário de Educação, Neivaldo da Silva, explica que vai se inteirar sobre as reivindicações destes educadores e repassar seus anseios para a Administração, porém, lembra que o Governo tem investido mais de 30% do seu orçamento na educação, pois reconhece sua importância. ?Estes investimentos acontecem com formações continuadas e com obras físicas em nossas instalações?, lembra o secretário.
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