Rebrote inicia nos próximos dias - Jornal Cruzeiro do Vale

Rebrote inicia nos próximos dias

01/05/2009

fotopg9MD.jpgAs condições climáticas e o barro que invadiu as plantações de arroz de todo o município devido à catástrofe de novembro complicaram o período de rebrote do setor. Os trabalhos, que devem ter início nas próximas semanas, não serão suficientes para alavancar a produtividade dos rizicultores, que já começam a se preocupar com o futuro das plantações.

De acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Arroz de Gaspar, Elmar Beiler, houve uma queda geral na produtividade e regiões como o Arraial e o Belchior perderam entre 80 e 100% das plantações. "O excesso de chuva, a falta de sol e a enchente interferiram diretamente nos trabalhos. Acredito que os rizicultores precisarão de pelo menos um ano para se restabelecer", avalia.

A safrinha, como é chamado o período, permite que os produtores tenham uma nova oportunidade de colher e vender o arroz, aumentando assim sua produtividade e lucro. Porém, Elmar explica que devido a todos esses fatores, 2008 foi um ano perdido. "Teria sido melhor se não tivéssemos trabalhado. Teria dado na mesma", lamenta.

O alto custo de insumos utilizados pelos empresários também contribuiu para o agravamento da situação, muitos dos materiais utilizados na plantação e cultivo do arroz são cotados em dólar. Com a crise que se instalou no mercado, o preço subiu, e dificultou o trabalho dos rizicultores gasparenses.

O presidente da Associação destaca que os produtores estão preocupados, pois a grande quantidade de áreas aterradas só poderá ser recuperada com tempo bom e muito investimento. "A situação é delicada porque muitos não podem arcar com os serviços de terraplanagem e contratação da mão de obra. Tudo isso acarretará numa demora ainda maior para que a situação se normalize".

O secretário de Agricultura, Soli Waltrick, esclarece que a dragagem dos ribeirões está sendo feita e que existem máquinas trabalhando em diferentes bairros da cidade. Porém, devido ao grande volume de serviços gerados pela catástrofe de novembro, os trabalhos seguem em ritmo lento.

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