A população do bairro Sete de Setembro mostra-se incomodada com o descaso que sofre por parte do poder público. De acordo com o morador Givanildo Nicoletti, os alagamentos são constantes e há residências que sofrem repetidamente com as chuvas e a sujeira que a água barrenta, e por vezes contaminada por esgoto, deixa na porta ou dentro de suas casas.
O morador afirma que os habitantes da região já se reuniram com o secretário de Obras, em uma ocasião em que também estavam presentes dois vereadores. Até o momento, nenhuma obra que amenizasse parte do sofrimento foi realizada. ?São problemas graves. Está difícil contar com nossos governantes, não vejo um bom futuro para nosso município, pois falta um comprometimento por parte de nossos representantes públicos?. As fotos que ilustram a matéria foram enviadas pelo morador, e mostram a situação caótica das ruas Ignes Hilária Schneider e 1º de Janeiro.
O secretário de Obras, Soly Waltrick Antunes Filho, declarou através da assessoria de imprensa da Prefeitura, que conversou na manhã desta segunda-feira, 14, com a família Stanke, que é proprietária de um terreno em que há uma vala de escoamento das águas pluviais do bairro. Os proprietários liberaram o local para uma limpeza que deve facilitar o escoamento das águas. ?Assim que o tempo melhorar, as máquinas da Secretaria de Obras já iniciam o trabalho?, garantiu.
Vitório Marquetti, presidente da Associação de Moradores do bairro Sete de Setembro, lembra que o problema dos alagamentos não acontece apenas naquela localidade, mas sim em vários pontos de Gaspar.
?Durante a outra administração, foi feita uma troca das tubulações centrais, o que ajudou muito na escoação da água, mas não foi suficiente. O problema do bairro é justamente este: a escoação?. Ele conta que na rua em que mora, a João Silvino da Cunha, basta uma chuva forte para que cerca de meio metro de água tome conta da via. Vitório acredita que, com o maquinário de que a prefeitura dispõe, seria possível resolver mais problemas do município.
?Um pouco mais de atenção será bem-vinda?. O presidente afirma que com a limpeza da vala, afundando e abrindo um pouco mais o espaço que ela ocupa, o problema do bairro deve ser resolvido.Belchior
No Belchior Baixo, os moradores enfrentam diversas dificuldades para se deslocarem. Há uma cratera na entrada da rua Alberto Reinert, além de vários buracos pela via e em alguns pontos, o mato toma conta das margens das estradas. ?Há tempo que não passa uma patrola por aqui e as ruas estão quase só em barro, pois as águas levaram o macadame para dentro da plantação de arroz. As estradas só não estão piores porque os moradores de vez em quando fecham os buracos?, conta Sidnei Reinert, que mora na localidade. Ele afirma também que desde a catástrofe de 2008 a comunidade pede por uma ponte nova, pois a que está retratada na fotografia está condenada, com cabeceiras baixas e rachadas, além de ser muito estreita. O volume de água que passa pelo local é grande e o ribeirão costuma transbordar, destruindo plantações e estragando as ruas, o que traz prejuízo para moradores e agricultores.
?Estamos cansados de ligar para a secretaria de Obras, que mão toma nenhuma providência concreta e só fazem gambiarra. E de uns tempos pra cá, nem aparecem mais?, reclama Sidnei.Pocinho
O mar de lama que cobriu a rua da Conceição neste final de semana deixou os moradores da região inconformados com a falta de bocas-de-lobo na estrada. A via, que fica quase na divisa com o município de Ilhota, ficou alagada durante as chuvas de sexta-feira, 11, e quando a água baixou, mais de 20 centímetros de lama ficaram na estada. Os moradores clamam por uma melhor manutenção da estrada e afirmam que a origem do problema está na falta de bocas-de-lobo, sendo que algumas das que existem na rua estão entupidas ou danificadas. Como consequência da lama, veículos e pedestres enfrentam dificuldade ao passar pelo local.
Gaspar Mirim
Lígia Andrietti, moradora da rua Catarina Schneider, bairro Gaspar Mirim, conta o drama pelo qual passa cada vez que chove. Um de seus vizinhos fez um jardim, e com isso obstruiu a boca-de-lobo que havia na rua. Como é via é de barro, o macadame que deveria servir para melhorar a passagem de carros e moradores acaba sendo levado pelas águas e entra nas casas dos moradores. ?Sempre tenho que retirar macadame de dentro e de frente de casa. O acúmulo de macadame estragou o pára-choque do meu carro novinho e a água que entra em casa estragou minha geladeira?. Indignada, a moradora afirma que o problema é de anos, e que vem piorando desde o mês de novembro.
Macuco
As chuvas que assolam Gaspar causam estragos em diversas áreas da cidade. Os alagamentos, que vem como consequência da falta de manutenção das estradas, trazem prejuízo a moradores e também às empresas do município.
Na noite do dia 11, sexta-feira, um caminhão carregado de cimento tombou na rua Leonardo Pedro Schmitt, bairro Macuco. Devido às águas que tomavam a rua no momento do acidente, o motorista não pode perceber que havia uma vala a céu aberto, e no encontro com outro veículo, acabou por derrapar e tombou sobre uma cerca de arame farpado. O caminhoneiro, que levava sua carga para a empresa Ceramfix, não chegou a sofrer lesões, apenas um grande susto e danos materiais devido ao acidente do veículo. A rua permaneceu interditada por mais de duas horas, pois nenhum veículo conseguia passar pela via, em que as águas alcançavam mais de um metro de altura. Somente no sábado à tarde o caminhão pode ser retirado do local.
Não é a primeira vez que um acidente deste tipo acontece. Há cerca de quatro meses, outra carreta tombou nesta rua pelos mesmos motivos: estrada estreita e uma vala perigosa situada ao lado da estrada.
edição 1266
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12/02/2011
Caminhão carregado de cimento tomba no bairro Macuco
As fortes chuvas desta sexta-feira à noite, dia11, voltaram a castigar diversos bairros de Gaspar que sofreram com alagamentos. No bairro Macuco uma carreta tombou na rua Leonardo Pedro Schmitt. O caminhão estava carregado com cimento para descarregar na empresa Ceramfix. No encontro com outro veículo o motorista do caminhão não percebeu que havia uma vala a céu aberto e que estava tomada pelas águas. O caminhão derrapou e tombou sobre uma cerca de arame farpado. O motorista nada sofreu, apenas um grande susto e prejuízos no veículo. A rua Leonardo Pedro Schmitt permaneceu interditada por mais de duas horas devido aos alagamentos. Nenhum veículo conseguia passar pela via com mais de um metro de água no leito da estrada O caminhão foi retirado do local sábado à tarde. Há quatro meses uma outra carreta tombou no local pelos mesmos motivos: estrada estreita e uma vala perigosa ao lada da estrada.
Muita lama
Os moradores do Pocinho, na rua da Conceição, quase na divisa com o município de Ilhota, estão inconformados com a falta de bocas-de-lobo na estrada. As chuvas de sexta-feira deixaram a rua intransitável, com alagamentos e após baixar as águas ficou mais de vinte centímetros de lama na estrada. O barro vermelho está dificultando a passagem de veículos e pedestres. Segundo os moradores, o problema vem da falta de bocas-de-lobo e outras que estão entupidas e danificadas. Reclamam também da falta de manutenção na via pública.
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