Controles remotos, laptops, lanternas, rádios, MP3 players e relógios. Estes são apenas alguns aparelhos que podem precisar de pilhas e baterias para funcionar. O mundo tecnológico avança cada vez mais e estes artigos tornam-se indispensáveis. Mas, o que fazer com as pilhas e baterias a partir do momento em que elas não podem mais alimentar os eletrônicos? Pensando sobre a dificuldade que as pessoas têm em dar o destino final adequado para este tipo de material, o Samae instalou em sua sede e na Prefeitura Municipal de Gaspar, dois coletores ? que receberam o nome de Papa-Pilhas ? os quais os munícipes podem depositar pilhas e baterias antigas.
De acordo com o responsável pelo setor de Resíduos Sólidos, Daniel Cardoso, este é apenas um teste, a ideia é ampliar o número de locais em que se recolham este tipo de lixo. ?O principal problema trazido pelas pilhas e baterias é que elas são compostas por metais pesados, que podem poluir solo e água ainda que estejam em um aterro sanitário?. Os materiais que compõe as pilhas são extremamente agressivos, sendo eles elementos tóxicos como chumbo, mercúrio e cádmio.
Daniel conta que pilhas e baterias são artigos que devem ser devolvidos às empresas fabricantes, para que estas as reutilizem ou então façam a reciclagem. O material que for arredado nos dois pontos de coleta do município será encaminhado à Reciclar, que faz a coleta de resíduos em Gaspar e que ficará encarregada de lhe dar o destino correto e ecológico. A empresa possui licença para poder executar tal serviço.
Além de ajudar na questão ecológica recolhendo pilhas e baterias, o Papa-Pilhas é todo elaborado com material reciclado. A intenção da autarquia foi mostrar o que pode ser reciclado. O corpo é feito com cilindros de tinta de estamparia, e foi tampado com tampas de outros recipientes. ?Junto ao coletor, vamos colocar um cartaz, dizendo do que ele é feito e também o que pode ser depositado nele?, explica Daniel.
Planos para 2011
Para o próximo ano, além de aumentar o número de Papa-Pilhas, o objetivo é criar um plano de resíduos sólidos. Lâmpadas e restos de materiais utilizados na construção civil também terão um destino correto, que ainda está para ser discutido. O lixo eletrônico entra em pauta, e está sendo estudado para que também possa passar pela reciclagem.
O óleo de cozinha é outro assunto a ser estudado e discutido. ?Restaurantes geralmente compram diretamente de produtores, que recolhem a gordura utilizada quando trazem mais produto. Mas quem utiliza o óleo em casa acaba por jogá-lo no ralo da pia ou até mesmo em bueiros?. A logística para este processo ainda não foi decidida, mas está planejada para o ano que vem e o destino correto seria levar o óleo até um local em que este pudesse virar biodiesel.
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