Seis acusados de homicídios vão à júri popular em Gaspar - Jornal Cruzeiro do Vale

Seis acusados de homicídios vão à júri popular em Gaspar

11/02/2011

 

fotopg7abremaiorMD.jpgSeis pessoas acusadas de cometer diferentes homicídios vão sentar no banco dos réus e vão à júri popular nestes primeiros meses de 2011. Os júris são resultado do trabalho da equipe da Vara Crime da Comarca de Gaspar, que analisou os casos, reuniu provas da materialidade e indícios das autorias dos crimes para que a própria sociedade possa decidir o destino dos acusados.

O primeiro júri acontece no próximo dia 25 de fevereiro, sexta-feira, e vai decidir o futuro de Volmir Alves dos Santos, acusado de assassinar a ex-mulher, Marilene Vieira, moradora da rua Helena Kaufmann, na localidade do Jardim Primavera. O crime ocorreu em dezembro de 2008 e chocou os moradores do bairro Bela Vista.

O julgamento de Volmir está marcado para iniciar às 10 horas da manhã e vai acontecer no plenário da Câmara de Vereadores, local onde são realizados todos os júris da Comarca de Gaspar. Os outros julgamentos estão agendados para os meses de março, abril e maio.

Para o juiz Sergio Agenor Aragão, os julgamentos provam que, apesar das dificuldades, a Justiça está trabalhando para apurar todos os crimes cometidos na cidade. ?A designação de todos esses júris, principalmente de processos com réus presos, é a demonstração de que o Poder Judiciário de Gaspar está agindo com rigor, apurando com a maior celeridade possível os crimes aqui cometidos?, destaca o juiz, que irá supervisionar todos os julgamentos agendados.

 

Júri

De acordo com a legislação brasileira, o júri popular está previsto para quatro crimes dolosos contra a vida: homicídio, auxílio-suicídio, infanticídio e aborto.  

Todos os anos a justiça elabora uma lista de jurados, que podem ser escolhidos ou voluntários, e que serão sorteados para compor os júris. Atualmente, a Comarca de Gaspar possui 262 pessoas na lista de jurados. A cada mês, 25 são sorteados, e são estes 25 que vão ter que comparecer a todos os júris realizados no mês em que forem selecionados.

Dos 25, sete são sorteados no dia do julgamento para compor o júri oficial e decidir o destino dos acusados.

 

 

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Acusado de assassinar esposa e enterrar do lado da casa vai a júri

Nilton dos Santos, acusado de assassinar a esposa Michele e enterrar o corpo ao lado de sua casa, também será um dos réus a ser julgado pela sociedade. O júri de Nilton está marcado para o dia 30 de março.

O crime aconteceu em dezembro de 2009 e chocou os moradores da Margem Esquerda, onde o casal residia. O corpo de Michele estava enterrado há dias e nenhum vizinho suspeitava do cheiro e das moscas que pairavam sobre o local. Uma denúncia anônima levou a polícia até o acusado. Nilton assumiu a autoria do crime e permanece detido desde então, aguardando julgamento final.

Caso do CTG é o mais antigo a ser julgado


Outro júri de destaque agendado para acontecer no próximo dia 4 de março, também no plenário da Câmara, é o de Vanderlei Joaquina, acusado de ser um dos participantes da briga que resultou na morte do jovem Sandro Fonseca. Sandro morreu depois de passar cinco dias na UTI com lesões graves, consequentes de um espancamento que sofreu durante uma festa no CTG.


O crime ocorreu em maio de 2003 e um dos envolvidos, Élcio Júlio Cunhago, foi a júri popular em junho de 2008. Élcio foi considerado culpado e condenado a 12 anos de prisão em regime fechado pelo crime. Ele recorreu da decisão em liberdade, mas perdeu o recurso e já encontra-se detido. foi por causa do recurso solicitado pelo réu que o julgamento de Vanderlei acabou demorando para ser agendado.


A polícia chegou até os acusados devido à ajuda de muitas testemunhas que presenciaram a briga.

 

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Caso Bosi teve grande repercussão


Um dos júris com maior repercussão na cidade de Gaspar foi o do assassinato de Jaime Antônio Bosi, advogado da cidade de Ilhota assassinado em dezembro de 2007. A esposa da vítima, Rosicler Fátima Bosi, foi uma das acusadas e foi condenada pelo júri a cumprir 18 anos de prisão em regime fechado.

O júri de Rosicler aconteceu em junho de 2009, quase um ano depois do júri do outro envolvido no caso, Felipe Schuldes, que foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado. Sua sentença foi pronunciada no dia 23 de julho de 2008, depois de 15 horas de julgamento.

 

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