Falta de acordo confirma paralisação dos servidores nesta quarta-feiraO Poder Público tentou, mas não conseguiu chegar a um acordo com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Sintraspug, que na próxima quarta-feira, promete paralisar os servidores e reuni-los em manifestação em baixo da figueira, na Praça Getúlio Vargas.
A decisão da paralisação foi tomada em assembleia da categoria na semana passada e reafirmada em nova assembleia, realizada no início da noite de ontem, no Salão São Francisco, na Igreja Matriz. Segundo Sérgio Almeida, presidente do Sintraspug, em reunião com a direção do Sindicato, na tarde desta segunda-feira, o Poder Público não apresentou uma nova proposta de reajuste salarial, apenas explicou os motivos que impedem a Administração de oferecer reajuste superior a 1,5%. "Este percentual já foi rejeitado em assembleia, não há como aceitá-lo. Estamos pedindo 15% e recebemos a proposta de 1,5. Esperávamos uma proposta diferente", justifica Sérgio.
Segundo o representante da categoria, os servidores preferiam não ter que paralisar, porém, como não há um acordo, a manifestação está mantida. "Será desgastante, tanto para nós quanto para a Prefeitura, mas não há o que fazer, temos que lutar por nossos direitos", orienta o presidente, que se mobiliza para reunir o maior número possível de servidores na Praça Central durante toda esta terça-feira.
O secretário de Administração e Finanças, Evandro Muller, revela que a comissão representando o Poder Público pediu que o Sindicato entendesse a situação difícil que passa a cidade, porém, não houve entendimento. "O reajuste de 1,5% é o que é possível oferecer no momento para não infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal. Nos comprometemos a discutir um novo reajuste no mês de outubro, mas não houve aceitação do Sindicato. Não há mais o que fazer", explica Evandro.
Impasse
As negociações do reajuste salarial dos servidores tiveram início em meados de março, quando representantes do Sintraspug entregaram ao Poder Público uma série de reivindicações elaboradas durante assembleia da categoria.
Na semana passada, representantes do Poder Público apresentaram a proposta de 1,5% de reajuste além de outros benefícios. Os servidores pedem revisão anual de 15% - sendo 6,25 referente ao INPC acumulado até o mês de fevereiro de 2009; 1.71% relativo ao INPC dos meses de março e abril de 2008; e 7,04% relativo às perdas totais da categoria - que poderia ser absorvido durante os quatro anos de governo, entre outros benefícios.
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