Mesmo após a prefeitura de Gaspar ter emitido uma notificação que dá um prazo de trinta dias para a entrega da Sociedade Cultural e Recreativa Alvorada, a assembleia de sócios continua marcada para o dia 24 de março. O presidente da sociedade, Claver Schmitt , declarou que vai manter a reunião para que os sócios possam decidir democraticamente o que pretendem fazer com o clube.
Claver afirma que a carta ainda não chegou às suas mãos, uma vez que estava viajando. ?É difícil eu fazer qualquer declaração antes da assembleia, sem conversar com os sócios, por isso, no momento eu prefiro não me manifestar, pois qualquer comentário pode ser precoce?. Ele explica que ainda existe a sociedade e que há também o direito dos sócios fundadores que deve ser respeitado, o que pode vir a ser um impasse jurídico para a notificação da Prefeitura. De acordo com Claver, há sócios interessados nas duas possibilidades: entregar o Alvorada à Administração Pública e manter a sociedade sob o poder de seus fundadores. Por isso apenas após a assembleia uma decisão poderá ser tomada. ?E não podemos tomar uma decisão sem que haja muito cuidado?, ressalta o presidente.
Denúncia
Quanto à denuncia feita pelo senhor Orlando Witt Pamplona, presidente do Conselho Municipal dos Direitos dos Idosos, ao Ministério Público, Claver afirma que ainda não tem conhecimento do que foi tratado no ofício, e por isso prefere não opinar também no que se refere a este assunto. No ofício, o senhor Orlando afirma que há tempos o Alvorada não exerce qualquer ação social, e pede para que se dê uma melhor destinação ao espaço.
Relembre o caso
A nostalgia dos anos de ouro do Alvorada veio à tona por meio de um e-mail que movimentou a sociedade gasparense, pedindo para que algo fosse feito em relação ao clube. A questão do uso que a sociedade tem hoje já havia sido levantada em outras ocasiões, mas não havia chegado a causar movimento. Com este e-mail, o assunto chegou aos meios de comunicação e às rodas de conversa dos gasparenses. A principal consequência da mensagem eletrônica foi uma Audiência Pública realizada para discutir o assunto, que resultou na formação de uma comissão que tinha como objetivo estabelecer um diálogo entre a diretoria do Alvorada e o Poder Público. Desta forma esperava-se chegar a um resultado. A polêmica começou no início de setembro do ano passado e ainda não chegou a seu desfecho, mas desta vez a história parece estar perto de um fim.
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