Quem não recorre ao número de emergência da Polícia Militar ao se sentir ameaçado? Desde agosto, muitos gasparenses que precisaram discar o 190, número de emergência da corporação, acabaram não sendo atendidos. A falta de atendimento deixa os moradores sem ação, sem saber como agir diante de qualquer ameaça ou perigo.
O problema ocorre pois desde o mês passado a linha de emergência da Polícia Militar hoje não está mais ligada ao quartel da cidade, mas ao comando de Blumenau. Major Moacir Gomes Ribeiro, comandante da PM de Gaspar, explica que hoje o atendimento das linhas de emergência da Polícia Militar de toda a 7ª região ? que inclui Gaspar, Brusque, Blumenau, Indaial, entre outros municípios do Vale ? está centralizado no batalhão da cidade de Blumenau.
?O objetivo desta medida foi centralizar o serviço e aproveitar o efetivo que sobrou para o trabalho operacional. Não se esperava tanta demanda para Blumenau e por isso é preciso haver melhora: maior número dos despachantes do COPOM, mais linhas para o 190 e melhoria na estrutura da própria central?, explicou. O atendimento é realizado desta forma desde agosto, de acordo com o major.
Gomes não vê vantagem na centralização do serviço e ainda tem esperanças de que Gaspar volte a ter seu próprio COPOM, Centro de Operações da Polícia Militar. Ele está colocando as dificuldades encontradas na cidade para o comando geral e pede para que quem tiver problemas com o atendimento do 190 vá até o comando gasparense para relatar as dificuldades. De acordo com o major, quanto mais reclamações formalizadas ele puder passar para o comando geral, mais fácil será para que o serviço retorne para Gaspar ou tenha melhorias em Blumenau.
?Perdemos o atendimento personalizado. Além disso, os despachantes não conhecem Gaspar e então perdemos tempo no atendimento, que chamamos de tempo-resposta. Já recebi muita reclamação, porém poucas foram formalizadas?, contou o major. Ele está ciente das deficiências que acontecem ao serviço que ele antes considerava bom. A Polícia Militar conta com outra linha, porém administrativa, que o major acredita não estar preparada para o atendimento da comunidade.
De acordo com o Capitão Adair Alexandre Pimentel, a sala em que antes se localizava o COPOM deve passar por algumas adaptações e então se tornará a sala de videomonitoramento das câmeras distribuídas no centro da cidade.
Edição 1330
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