O barulho das freadas na BR-470 já não assusta mais a equipe do Auto Posto Pioneiros, que todas as semanas assiste de perto os acidentes que ocorrem no trevo de acesso a Gaspar pela rodovia federal.
Só neste final de semana foram três acidentes. O primeiro aconteceu às 20 horas de sexta-feira, 25, e envolveu um Focus e uma Kombi. Quatro pessoas ficaram levemente feridas e foram socorridas pela equipe do Corpo de Bombeiros. As 10h50 de sábado, 26, uma nova colisão entre um Corsa e um Fox resultou apenas em danos materiais. Duas horas após, as 12h50, um Palio com placas da cidade de Penha, um Astra com placas de Blumenau e um Senic de Gaspar colidiram no mesmo local. O condutor do Palio e a carona, uma senhora de 56 anos, sofreram ferimentos graves, foram socorridos pela equipe do Corpo de Bombeiros de Gaspar e após os primeiros socorros foram encaminhados ao Hospital em Blumenau.
Sergio Niques, administrador do Posto Pioneiros, conta que já perdeu as contas de quantas colisões presenciou desde 2004, quando o posto começou a operar na cidade. "Todas as semanas vemos batidas, algumas mais graves, outras menos, porém todas revelam o perigo deste trevo", comenta o administrador, que ouve dos clientes questionamentos sobre o perigo do acesso. Dados levantados pela equipe do Corpo de Bombeiros da cidade apontam para a ocorrência de cinco acidentes por mês no local. A Polícia Rodoviária Federal não possui levantamento específico sobre o trevo de acesso a Gaspar.
Projeto
A situação precária do principal acesso a Gaspar pela BR-470 é reconhecida pelo engenheiro Elifas Levi Nolasco Marques, responsável pelo Departamento Nacional de Infraestrutura, Dnit. Segundo o engenheiro, o departamento contratou uma empresa que fez um levantamento sobre o tráfego de veículos no local. "Com este levantamento estamos projetando a construção de um viaduto, que será executado durante as obras de duplicação da BR-470. Porém, há cerca de um mês fomos informados sobre o projeto da construção de um novo acesso principal para Gaspar, que seria junto à nova ponte. Caso este novo acesso se confirme vamos ter que rever todo o planejamento feito até o momento, pois o viaduto será erguido no principal acesso e caso este deixe de ser o principal acesso teremos que estudar o que será possível fazer neste trevo", explica. O engenheiro aguarda informações da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento do município para conhecer melhor o projeto da ponte e decidir o que pode ser feito no trevo de acesso de Gaspar.
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