"Saudades que na terra deixaste, no céu a recompensa encontraste". Nem mesmo a frase em homenagem aos avós de Patrícia Barbieri Bertuzzi foi poupada da ação dos vândalos, que na última semana destruíram o túmulo de seus familiares no Cemitério da Paróquia do Barracão.
O local depredado foi encontrado pelos pais de Patrícia, que haviam ido até o cemitério para visitar o túmulo. "Quando meus pais chegaram lá encontraram o túmulo quebrado, todo estraçalhado. Os vândalos só não conseguiram mexer nos corpos porque existe uma tampa de cimento embaixo do mármore", explica.
Patrícia é moradora do bairro Bateias e revela estar indignada com a ação dos criminosos. "O vandalismo anda solto pela cidade. O que fazer num caso desses? Nem depois de morto o corpo pode ter sossego? Estamos revoltados com o que aconteceu neste final de semana", desabafa a moradora.
A empresa responsável pela manutenção do cemitério é a Say Müller, que efetua serviços de zeladoria, limpa as ruas, capina e mantém o local em ordem. Porém, o proprietário da empresa, Arnaldo Muller, explica que é responsável pelos trabalhos de manutenção do cemitério, e não dos túmulos. "Eles são de responsabilidade dos familiares, da própria comunidade", acrescenta o empresário.
A entidade que delibera sobre os assuntos referentes ao cemitério é a Paróquia do Barracão. A equipe de reportagens do Cruzeiro tentou entrar em contato com os responsáveis nesta segunda-feira, mas não obteve sucesso.
Prejuízo
Além do incômodo e agressão à memória dos familiares, a destruição de túmulos também gera prejuízo às famílias. Atualmente, a confecção e reparo de sepulturas em mármore ou granito gira em torno de R$ 2 mil, podendo chegar até a R$ 4 mil.
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