Ter os avós por perto é uma delícia! Dos abraços apertados aos sábios conselhos, a convivência com nossos queridos vovôs e vovós costuma ser tranquila, repleta de carinho e momentos especiais. Nesta semana, comemoramos o Dia dos Avós, criado para homenagear essas pessoas tão importantes na nossa família. Para registrar a data, a reportagem do Jornal Cruzeiro do Vale conta parte da história de Lídia Zancanella Tomio, uma mulher muito admirada pela comunidade gasparense. Para a família Tomio, uma das mais tradicionais de Gaspar, dona Lídia é uma grande inspiração diária de amor. Exemplo de força, honestidade e muita alegria. Aliás, é apaixonada pelos netos!
Quem se depara com dona Lídia Tomio no Centro de Gaspar logo percebe quão contagiante é o seu amor pela vida. Sempre sorridente e bem vestida, a simpática senhora cumprimenta com carinho, acena com alegria e abraça com verdade. Ela é um exemplo de felicidade ambulante. Emana boas energias por onde passa. O brilho no olhar quando encontra pessoas especiais entrega o coração de ouro. E, na semana em que comemoramos o Dia dos Avós, os filhos, noras, genro, netos, bisnetos e agregados homenageiam a matriarca da família Tomio.
Mãe, avó e bisavó. Amiga e conselheira. Mulher de força! Dona Lídia, apesar de amar todos a sua volta, tem um carinho ainda mais especial pelos netos. E esse sentimento é recíproco. "Como eu amo meus netos... todos são meus xodós. Estou sempre pertinho deles. Amo vê-los felizes, conquistando suas coisas, crescendo e se desenvolvendo. Tenho muito orgulho dessa família unida e honesta que formei", conta emocionada. Ela fala de suas 'crianças' já crescidas como quem ganha na loteria: "Minhas maiores riquezas", descreve.
Questionada sobre a importância da família, dona Lídia não pensa duas vezes: "Tudo para mim. Graças a Deus, temos uma relação de muito amor e união. Cada membro dessa família ocupa um espaço especial no meu coração. O colo da vó tá sempre disponível para receber meus amados", fala toda alegria do mundo sobre os netos Patrícia, Vanessa, Solange, Vanilza, Gean, Igor, Andréia, Bianca, Jenifer, Kailane, Maria e João. É claro que esse colo tem espaço para os filhos Vicente, Gervasio, Eloi e Osmarina; as noras e genro Janete, Nirlei, Neuza e Clodoaldo; e os bisnetos Manuela, Sophia, Arthur e Pedro.
Natural de Gaspar, Lídia Zancanella Tomio veio ao mundo no dia 14 de julho de 1937. Ela é filha de João e Margarida Zancanella. Logo na infância, aprendeu a importância de trabalhar. “Com seis aninhos, eu já ajudava meus pais. Trabalhávamos com agricultura, plantação de milho, aipim... Não pude ir para a escola, mas isso não me impediu de buscar conhecimento por conta própria, sempre gostei de estudar”, destaca dona Lídia.
Dos 11 aos 20 anos de idade, Lídia trabalhou na casa da família Graciola, onde recebeu muito carinho. “Parei aos 20 para me casar. Foi algo que eu e meu falecido marido decidimos na época, para que eu pudesse me dedicar no cuidado da casa e também auxiliar meus sogros”, relembra. Lídia é viúva de Alfredo Tomio, com quem teve cinco filhos, um deles faleceu ainda bebê. “Ele foi chamado por Deus cedo demais, mas sempre vou amá-lo, assim como Alfredo”.
Apesar das perdas da vida, dona Lídia encontrou forças no amor dos filhos. “Fui mãe e pai durante o crescimento dos pequenos. Até hoje admiro a forma como consegui conduzir nossas vidas. Mas dizem que sou uma mulher guerreira. E eu fui mesmo... Soube mantê-los na direção correta. Meus filhos são pessoas íntegras e repassaram esses valores aos meus netos, que já passam aos meus bisnetos”, comenta emocionada.
Se engana quem acha que dona Lídia Tomio gosta de ficar em casa. Ela adora passear, praticar exercícios, além de visitar familiares e amigos... “Eu não gosto de ficar parada. Faço hidroginástica, pilates, caminhadas, sou voluntária da Rede Feminina de Combate ao Câncer, viajo de vez em quando. Me cuido, sou bastante vaidosa. Passo maquiagem, uso roupas bonitas e que combinam com minha personalidade”, conta. A família ama vê-la assim disposta e independente.
Alessandra Cavalheiro, moradora do bairro Margem Esquerda, afirma que amor de avós é eterno. Nesta data tão especial, ela compartilha uma mensagem emocionante aos avós Maria da Conceição (materna) e Geraldo Nunes de Morais e Maria de Oliveira Morais (paternos), que já faleceram e deixam saudades. "Tem dia que parece mentira que meus avós já se foram. É inevitável pensar: 'Se eu soubesse que eles iriam tão cedo...' Eu teria reservado mais tempo para estar com eles. Eu os teria ouvido mais, teria dito mais vezes o quanto eu os amava e a importância deles na minha vida. Agora, quero fazer tudo isso e só encontro o vazio da ausência deles. Avós são para sempre. É amor de alma. Quanta honra e privilégio que tive de ser neta deles".
Quem também sente saudades da avó é Raiza Trichar, moradora do bairro Coloninha. Ela cuidou da senhora Maria Medeiros até o seu último dia de vida. A avó faleceu em 2017, vítima de câncer na garganta. "Quem ainda tem avós vivos e presentes, independentemente de condições ou distância, que possam sempre deixar o amor vencer! É tão gostoso sentar, tomar um café, comer nem que seja um salgado de padaria. Aproveitem! Hoje, meus filhos têm as figuras de avós e dão tanto amor... Eles aproveitam tanto! Eu tenho sorte! Avós criam memórias que o coração guarda pra sempre".
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).