No Centro de Gaspar, um homem se aproxima e diz que precisa de uma pequena quantia em dinheiro para abastecer seu carro e voltar para Ilhota. A conversa dura poucos minutos e o homem que alega estar sem combustível para seu veículo aproveita para dar alguns pontos de referência da cidade e confirmar que reside no município vizinho. A vítima, então, decide ajudar e empresta o valor, que varia de R$ 10 a R$ 20, sem saber que o pedido do homem trata-se de um golpe.
A situação foi vivenciada pelo ilhotense Osmar André Wisniewski esta semana, que só percebeu a ação criminosa porque já havia sido abordado pelo homem no ano passado. "Eu estava aqui no centro e ele veio com essa história, mas não lembrou que já tinha falado comigo antes. Quando escutei a mesma conversa tive certeza que se tratava de um golpe", conta Osmar.
Ele acrescenta que não foi o único a ser lesado pela mentira. Outros dois de seus amigos também já sofreram o golpe. Até a manhã desta quarta-feira, nenhuma denúncia havia sido feita na Delegacia de Gaspar.
De acordo com Osmar, o homem tem estatura mediana, por volta de 1,75m, é moreno e aborda as vítimas sem mostrar o referido carro. Em geral, costuma agir nas imediações da feira livre, na Avenida das Comunidades.
Alerta
No mês de junho deste ano, o leitor Pablo Marques, que também mora em Ilhota, enviou uma carta ao Cruzeiro do Vale alertando a comunidade sobre a atuação do criminoso. Confira abaixo o relato do morador.
"Queria utilizar este espaço para alertar a comunidade sobre um meliante que age em Gaspar desta maneira: aconteceu comigo. Eu fui entrar no carro e ele viu a placa de Ilhota e disse que morava em Ilhota, deu uns pontos de referência e pediu dinheiro emprestado para por gasolina. Ele contou uma história de que o carro era a GNV e deu um problema e congelou o bico e disse que precisava de uns R$15 emprestado para por gasolina, porque no gás não estava indo e não tinha dinheiro e nem gasolina. Eu acabei emprestando R$9, e nunca recebi, apesar deste cara me garantir que ia levar lá em casa.
Pensei: tudo bem, fiz minha boa ação, se ele não pagar não tem problema. Mas depois de uns três meses ele me abordou novamente em frente a Colombo e contou a mesma história (detalhe ele não me reconheceu da outra vez). Aí eu tive certeza da mentira ou golpe que ele aplicava. Eu neguei. Disse que não tinha dinheiro, aí ele pediu pelo menos R$5 pra por dois litros de gasolina, mas eu não dei nada e nem contei que já sabia do esquema dele.
Assim ele pede pouco dinheiro que é mais fácil de conseguir, imagino que ele faz isto com as outras pessoas de Blumenau, Brusque, Itajaí, etc. Convence as pessoas de outras cidades olhando as placas dos carros, dá pontos de referências e apela para o bom senso das pessoas de bem e ainda diz que tem vergonha de pedir ajuda a e nunca pediu nada para ninguém. Esta dado o alerta. E depois disso não ajudo mais ninguém com dinheiro".
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