Bolsas chinesas reabrem após 10 dias e desabam mais de 7%, maior queda desde 2015 - Jornal Cruzeiro do Vale

Bolsas chinesas reabrem após 10 dias e desabam mais de 7%, maior queda desde 2015

03/02/2020

As bolsas da China continental registraram nesta segunda-feira (3) baixas expressivas de mais 7%, o maior recuo diário desde 2015, em um momento de pânico nos mercados pela epidemia do novo coronavírus no gigante asiático.

O índice composto da Bolsa de Xangai fechou em queda de 7,72%, a 2.746,61 pontos, enquanto a Bolsa de Shenzhen, a segunda maior da China, terminou em contração de 8,41%, a 1.609,00 pontos.

Esta foi a primeira sessão das Bolsas chinesas após o longo recesso das férias do Ano Novo lunar. As Bolsas de Xangai e Shenzhen estavam fechadas desde 24 de janeiro, um dia após o início da quarentena em Wuhan, epicentro da epidemia do novo coronavírus.

As vendas generalizadas reduziram em cerca de US$ 400 bilhões o valor total das ações no mercado chinês.

Bolsas asiáticas

Os índices das bolsas ao redor do mundo registraram baixas consideráveis nos últimos 10 dias em consequência da epidemia na China. Nesta segunda-feira, a Bolsa de Hong Kong encerrou a sessão com alta de 0,17%.

Mais de 2.600 ações caíram até o limite diário de 10%, de acordo com a agência Bloomberg. O yuan registrou desvalorização de 1,5%, superando o limite chave de US$ 7. Já a Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de segunda-feira em baixa de 1,01%. O índice Nikkei perdeu 233,24 pontos, a 22.971,94 unidades.

Injeção bilionária

Com a reabertura do mercado financeiro na China, já era esperado um derretimento nas ações. Para evitar maiores danos, o Banco Central chinês anunciou uma injeção de US$ 175 bilhões para estimular economia.

Em comunicado, o BC chinês informou que a operação servirá para manter "uma liquidez razoável e abundante" no sistema bancário, assim como para estabilizar o mercado de câmbio.

 

Edição 1937 | Via G1

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