Ilhota participa de lançamento de campanha de adoção - Jornal Cruzeiro do Vale

Ilhota participa de lançamento de campanha de adoção

28/05/2011

Servidores da secretaria de Assistência Social de Ilhota, juntamente com a secretária Rosi Voltolini, participaram nesta semana do lançamento da campanha "Adoção - Laços de Amor", que ocorreu no Plenário Deputado Osni Régis, no Palácio Barriga Verde, em Florianópolis. A iniciativa tinha como objetivo aumentar o número de adoções através da sensibilização da sociedade e da agilização no trâmite dos processos.

Segundo Rosi, hoje, em Santa Catarina, 62% das 1656 crianças em casas de acolhimento têm acima de 10 anos de idade, enquanto a maioria dos pretendentes dá preferência a bebês de até três anos. "Na solenidade foi exibido ainda um vídeo com um caso real de adoção que foge totalmente aos padrões brasileiros. O casal de professores universitários, Mariah e Fábio Henrique Pereira, já com dois filhos biológicos Victor Hugo e Sophia Iara, adotou em 2005 quatro meninas, entre seis e nove anos de idade. A história emocionou os representantes de entidades, associações e dos poderes. A mensagem que eles deixaram, com base em sua própria experiência, é de que a adoção tardia é maravilhosa e não dolorosa?.

A possibilidade de reduzir os prazos legais para acelerar os processos de adoção foi amplamente debatida no painel ?Os prazos forenses e as adoções em Santa Catarina?. Gelson Merisio ressaltou que as crianças disponíveis para adoção terão mais chances de conseguir um novo lar quanto antes for concedida a destituição legal da família biológica. A proposta teve eco no poder Judiciário. A juíza da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Gaspar, Ana Paula Amaro da Silveira, apontou pelo menos duas instâncias em que esses trâmites podem ser abreviados.

Segundo ela, a Lei 12.010/2009, chamada lei da adoção, traz de forma repetitiva e insistente a necessidade de manter a criança dentro de sua família de origem. ?Entendo que esta lei não foi feliz no seu texto ao insistir tanto?, afirmou. A juíza também citou a fragilidade na estrutura de assistência social nos municípios que devem obedecer à Constituição Federal e dar prioridade absoluta à infância e à juventude, mas nem sempre isto acontece. ?É preciso investir em políticas públicas de qualidade, com equipes técnicas exclusivas para atendimento nas instituições de acolhimento. Sem equipe não há diagnóstico, sem diagnóstico não é possível o ajuizamento de ação de destituição ou o correto encaminhamento da criança para a família biológica?, concluiu.

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