Professores vão receber os dias parados mesmo sem repor as aulas - Jornal Cruzeiro do Vale

Professores vão receber os dias parados mesmo sem repor as aulas

01/07/2011

O Judiciário catarinense deferiu, no dia 29 de junho, a medida liminar ao Magistério Público Estadual, determinando a suspensão de descontos das ?faltas de greve? e a imediata elaboração de folha suplementar, com o pagamento dos valores bloqueados, no prazo máximo de três dias

TIMBÓ - O Judiciário catarinense deferiu, no dia 29 de junho, a medida liminar ao Magistério Público Estadual, determinando a suspensão de descontos das ?faltas de greve? e a imediata elaboração de folha suplementar, com o pagamento dos valores bloqueados, no prazo máximo de três dias.

No dia 30 de junho, o Governo de Santa Catarina, por meio da Procuradoria Geral do Estado, protocolou recurso no Tribunal de Justiça de Santa Catarina, contra a decisão do juiz que concedeu liminar ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte). O recurso do Governo do Estado terá como base, que o pagamento dos salários aos professores grevistas irá prejudicar diretamente os estudantes da rede estadual de ensino, já que ainda não há nenhum entendimento sobre a reposição das aulas. A liminar, que determina o pagamento de um serviço não prestado, pode abrir um precedente na jurisdição, não só estadual, mas brasileira.

Com esse impasse, a greve ainda não tem previsão de acabar, e a paralisação das aulas completa 42 dias. Em algumas cidades do Estado, os professores retornaram as salas de aula mesmo sem o fim declarado da greve. Nas cidades que fazem parte da SDR de Lages, 85% dos professores da região já abandonaram a greve. Agora, apenas 227 profissionais das 46 escolas ainda não voltaram para às salas de aula. Na região de Joaçaba, apenas 19% dos professores continuam em greve, ou seja, 81% já voltaram às salas. Nos municípios que compreendem a SDR de Joinville, no Norte do Estado, mais de 70% dos professores já retornaram ao trabalho no dia 28 de junho. Dados divulgados pela Gerência de Educação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de Ituporanga apontam que 60% dos professores das 18 escolas vinculadas à rede estadual de ensino voltaram a lecionar.


Situação das escolas

Escola de Educação Básica Ruy Barbosa:
permanece sem aulas

Escola de Ensino Fundamental Emir Ropelato: 1º ao 5º ano em greve, 6ª a 8 ª série tem algumas aulas por semana, três  professores permanecem em greve.

Escola de Ensino Fundamental Clara Donner: um professor em greve, aula normal.

Escola de Ensino Fundamental Hugo Roepke: nove professores em greve, 1º ao 5º ano aula parcial, e 8ª série aula normal.

Escola de Ensino Fundamental Polidoro Santiago: três professores em greve, mas todas as turmas têm aula, algumas com horário diferenciado.

Escola de Educação Básica Professor Júlio Scheidemantel: oito professores em greve, rodízio de turmas para que todos tenham aula.

Escola de Educação Básica Professor Juvenal Cardoso Zanella: 1º ao 5º ano aula normal, de 6ª a 8ª série seis professores permanecem em greve ? aulas acontecem em horário especial.


fonte JMV

Comentários

josiane
04/07/2011 21:56
é por isso que o Brasil não vai pra frente!!!!
Hélio Schmitz
04/07/2011 19:03
Para quem acha a greve do magistério estadual um abuso, deveria se informar acerca dos desmandos cometidos há décadas contra a nossa categoria. O motivo pelo qual estamos em greve é: o não pagamento do piso nacional na carreira e o não-cumprimento da lei que assegura 1/3 de hora-atividade. É uma Lei Federal aprovada em julho de 2008, e um dos que votaram a favor foi o atual governador, Raimundo Colombo, quando na época era senador. O governo alega que não tem dinheiro para pagar o piso, mas há muitos anos o dinheiro destinado à educação é desviado para outras finalidades. Quanto ao não-desconto dos dias parados, a Lei de Greve assegura isto, por ela ser considerada legal. E garanto que iremos repor os dias parados. Não somos irresponsáveis como esse governo que aí está, nem como aquele que o antecedeu.
Valdivino
02/07/2011 16:57
Será justo receberem os dias parados,sem ao menos repor os dias de greve?E como ficam os alunos que perderam todos esses dias de aula?Se fosse no setor privado acho muito difícel que algum juiz teria essa mesma decisão!Afinal de contas,somos todos nós que teremos que pagar essa conta mesmo.É uma festa com o dinheiro público.Parabéns aos que usaram o bom senso e não aderiram a greve.

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