A figura dos bombeiros voluntários se destaca como um pilar essencial de segurança e solidariedade. Estes profissionais desempenham papel crucial na comunidade, já que garantem um atendimento rápido e muito bem feito nas mais variadas adversidades. Além de atuarem em situações de emergência, também trabalham com a prevenção compartilhando conhecimento. De resgates heroicos à iniciativas educativas, o Corpo de Bombeiros Voluntários de Ilhota se tornou símbolo de admiração, coragem, altruísmo e amor ao próximo. Nesta matéria, o Cruzeiro do Vale conta parte da história de Andrey Pereira Egídio, um jovem que faz a diferença!
Pereira, como é conhecido e tem gravado em sua farda, é natural de Brusque e atualmente mora no bairro São Judas, em Itajaí. Tem 27 anos e, há quase oito, desenvolve um trabalho impecável como bombeiro voluntário em Ilhota. Além das demandas da corporação, atua como bombeiro civil no Parque Beto Carrero, em Penha. Ele tem formação em Gestão Ambiental e é pós-graduando em Defesa Civil, Liderança de Equipes e Gestão de Alta Performance. No seu currículo, há diversas capacitações dentro da área bombeiril: bombeiro civil, socorrista, treinamento de busca e resgate em estrutura colapsadas, cursos internacionais e muita experiência.
Desde 2021, o jovem é subcomandante Corpo de Bombeiros Voluntários de Ilhota. “Faço a gestão operacional, equipamentos de comando, ocorrências, parte administrativa, compras, recursos humanos, manutenção de frota, prestação de contas, pagamento... participo de todos os processos administrativos da corporação. Desde emendas impositivas de deputados, toda parte orçamentária, montagem de projeto, dossiê, tudo eu que faço... e estou, junto com meus competentes colegas voluntários, sempre em sobreaviso para atender as ocorrências em que somos acionados”, descreve. Ao longo dos anos, o bombeiro voluntário já atuou em diversas frentes na corporação ilhotense. “Já estive na diretoria, como vice-presidente; também no comando operacional, como chefe de socorro; e, hoje, sou subcomandante”, reitera Pereira.
Questionado sobre suas motivações, Andrey Pereira Egídio destaca duas ocasiões que marcaram a sua vida. “Uma das experiências foi na minha família. Meu avô teve uma parada cardiorrespiratória em casa. Ele estava com a minha mãe e minhas tias... infelizmente, o desfecho não foi o que queríamos. Então, pensei “Por que não estudar para poder intervir em outras vidas, saber atuar nesse tipo de ocorrência e ainda repassar meus conhecimentos ao próximo?”.
Outra memória que Pereira compartilha com a reportagem é de quando estava voltando do seu antigo trabalho. “Na época, menor de idade, uma feminina desmaiou ao meu lado no ônibus. Enquanto todos saíram sem parar para ajudar, eu auxiliei ela até a chegada da emergência”, relembra. O bombeiro voluntário explica que está determinado a continuar nessa missão por amar o que faz. “É muito gratificante ver a evolução da corporação como um todo. Os atendimentos na comunidade estão sempre melhorando. Esse crescimento é constante desde 2005, ano que o Corpo de Bombeiros Voluntários de Ilhota foi criado”.
![]() |
![]() |
Voluntário no início de sua carreira |
Profissional com quase 8 anos de experiência |
Pereira chama a atenção para outro fato muito importante: “Ser bombeiro voluntário é muito mais que ser uma pessoa em destaque na comunidade. É ser uma pessoa que faz a diferença na vida de outras pessoas, famílias ou patrimônios de alguém. O bombeiro voluntário passa um longo período de formação para estar preparado a ser o melhor nas piores horas. Temos que nos doar, sim. Além do tempo, em plantão e estudo. Nunca sabemos quem vamos atender, pode ser tanto a comunidade como alguém da nossa própria família. Estar preparado é uma necessidade”.
Quem conhece Andrey e seu trabalho sabe o quanto suas palavras refletem exatamente o que é posto em prática no dia a dia do profissional. “Saber que a gente intercede na vida de outrem, que a gente é a esperança num patrimônio perdido, saber que a gente todo dia consegue mudar a vida de alguém... É isso que me mantem forte na missão, me motiva a buscar mais”, conta. Ele conclui com uma importante reflexão: “Bombeiro voluntário não é sinônimo de amadorismo. Temos sim responsabilidades, demandas e obrigações”.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).