Uma família que mora no bairro Margem Esquerda, em Gaspar, passou por momentos de pânico nos últimos dias ao descobrir nada menos que oito filhotes de cobra-coral verdadeira em sua residência. A espécie, uma das mais venenosas do Brasil, gerou grande preocupação, já que a casa abriga um casal e três crianças, incluindo um bebê de apenas cinco meses. A situação foi tão alarmante que os bombeiros precisaram ser acionados para capturar os animais.
O primeiro incidente ocorreu no domingo, 16 de fevereiro, quando uma das crianças encontrou duas cobras pequenas e alertou os pais. Temendo que houvesse mais serpentes na casa, a família começou a mover os móveis e logo encontrou mais dois filhotes. A inquietação aumentou e, na segunda-feira, dia 17, uma empresa de limpeza foi chamada para ajudar na busca. Durante o serviço, a equipe encontrou mais uma cobra coral verdadeira.
Diante do aumento das descobertas, a família acionou os bombeiros. Quando os socorristas chegaram à residência, localizada em uma área próxima à mata e a rios, encontraram mais três filhotes de cobra-coral. A residência, conforme informado pelo chefe de socorro, está situada em uma região propensa ao aparecimento de animais peçonhentos, o que explicaria a quantidade de serpentes encontradas dentro da casa.
Embora o susto tenha sido grande, não houve acidentes envolvendo as cobras e a família não sofreu ferimentos. Os bombeiros acreditam que a mãe dos filhotes esteja na região e não descartam a possibilidade de que mais cobras recém-nascidas ainda possam estar nas proximidades da casa.
As cobras estavam saudáveis e foram soltas em região de mata silvestre, afastada de residências.
A cobra-coral verdadeira pertencente ao gênero Micrurus. É uma das serpentes mais venenosas do Brasil. Sua aparência é marcante, com anéis vermelhos, pretos e amarelos que a tornam facilmente reconhecível. Apesar de seu veneno potente, que pode causar sérios danos ao sistema nervoso e até levar à morte se não tratada rapidamente, a cobra-coral verdadeira é tímida e prefere evitar o contato com seres humanos. Porém, devido à sua coloração e camuflagem, ela pode ser confundida com outras cobras não-venenosas, o que aumenta o risco de acidentes.
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