Será que o seu comportamento nas redes sociais está te colocando em risco? Uma nova moda no Instagram acende um alerta para o tipo de informações que compartilhamos pela internet. O famoso ‘sobre mim’, postado por um filtro ou até mesmo manualmente, expõe dados como idade, comida e lugar favoritos e fobias para qualquer pessoa na internet. Então, a partir de uma brincadeira aparentemente inofensiva, pessoas mal intencionadas conseguem se aproximar do seu jeito de ser para aplicar golpes usando o seu nome.
Diante da nova moda e dos ditos ‘golpes antigos’, já conhecidos por todos, a Polícia Civil vem trabalhando com um sistema integrado de segurança pública, que permite maior domínio dos dados e informações. “Essa postura do Estado ficou ainda mais indispensável com o avanço dos crimes cibernéticos que se popularizaram com o advento da internet e a facilidade dos celulares, redes sociais e o famoso PIX”, diz a policial civil Alyne Serafim Nicoletti.
Os crimes cibernéticos mais comuns atualmente envolvem algum tipo de fraude, furto, extorsão e o estelionato propriamente dito. “Todos estão sendo praticados com o uso de dispositivos eletrônicos como celulares, computadores ou tablets. Essa situação pode ser verificada com uma simples consulta no nosso sistema”.
Quando pesquisada a palavra ‘internet’, são 27 Boletins de Ocorrência registrados na Delegacia de Polícia da Comarca de Gaspar. Porém, o número sobe para 353 registros quando a pesquisa muda para ‘WhatsApp’, sendo com 304 vítimas no município. Já o termo ‘Facebook’ tem 173 registros, com 143 vítimas. E ‘Instagram’, rede social onde ocorre essa nova moda de divulgação de informações pessoais, são 76 registros com 71 vítimas. “Esses números dizem respeito apenas ao ano de 2023 e vão desde estelionato, invasão de dispositivo informático, ameaça, extorsão e outros golpes diversos”, detalha Alyne.
Um importante ponto levantado pela policial é que, além desses números, ainda existem os Boletins de Ocorrência registrados de forma online. “Isso elevam os dados de forma significativa. Ainda existe o fato de que muitas vítimas nem vêm até a Delegacia de Polícia para efetuar o B. O. por vergonha ou medo de se expor”.
Se você for vítima de um golpe, seja ele qual for, a primeira orientação é registrar um Boletim de Ocorrência. Isso porque, segundo Alyne, se não houver registros, é como se os crimes não estivessem acontecendo. O B. O. pode ser feito pessoalmente na Delegacia ou pela internet, no link www.delegaciavirtual.sc.gov.br/.
Além disso, se o crime envolver internet e redes sociais, é importante publicar imediatamente um alerta e avisar familiares e amigos para que eles também não sejam vítimas. Caso o golpista entre em contato com alguém, a orientação é de que o contato seja bloqueado.
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