Mulher que matou marido e escondeu corpo no freezer é condenada a 20 anos de prisão em SC - Jornal Cruzeiro do Vale

Mulher que matou marido e escondeu corpo no freezer é condenada a 20 anos de prisão em SC

02/09/2025

Foi condenada a 20 anos e 24 dias de prisão a mulher que matou o marido, escondeu o corpo no freezer, confraternizou com as amigas e, depois, registrou o desaparecimento do homem e ajudou nas buscas. O caso aconteceu na cidade de Lacerdópolis, em Santa Catarina, em novembro de 2022, e o julgamento foi nos dias 28 e 29 de agosto.

Julgamento:

O julgamento aconteceu na Câmara de Vereadores de Capinzal. No primeiro dia, foi necessário interromper os trabalhos porque a ré passou mal. Os jurados acolheram as teses dos promotores e reconheceram os crimes de homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica.

Os Promotores de Justiça levaram o freezer, as cordas e o pano usados no crime para ilustrar a crueldade. Eles também apresentaram provas colhidas durante as investigações, como áudios enviados ao marido após o crime para tentar criar um álibi. Questões envolvendo dinheiro também foram trazidas à tona, como o fato de a mulher ter perguntado a um familiar se o marido tinha seguro de vida.

A defesa sustentou a tese de que a mulher sofria violência doméstica e apresentou um Boletim de Ocorrência de 2019, onde ela teria sido ameaçada. Na época, ela admitiu que não foi agredida fisicamente e retirou a queixa dias depois. Os argumentos da defesa não foram suficientes para absolver a assassina.

O crime:

Valdemir Hoeckler, de 52 anos, foi dado como desaparecido no dia 14 de novembro de 2022 e cinco dias depois seu corpo foi encontrado dentro de um freezer, em sua própria casa. Ele estava congelado embaixo de alimentos e bebidas, com os pés e mãos amarrados.

No mesmo dia em que o corpo foi encontrado, sua esposa publicou um vídeo nas redes sociais confessando o assassinato, sob a alegação de que sofria violência doméstica. Porém, as evidencias apontaram para outra direção, já que pessoas próximas ao casal contaram que eles viviam em harmonia.

Eles conviviam há 23 anos e haviam formalizado a união estável 40 dias antes do crime.

 

 

Edição 2212

 

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