A Polícia Civil deflagrou na sexta-feira, dia 8 de março, uma operação contra uma empresa envolvida em esquema de pirâmide financeira. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Goigânia/Go, Campinas/SP e Barueri/SP. Além disso, ocorreram buscas em endereços em Gaspar, Blumenau e Balneário Camboriú.
As investigações começaram com a notícia de que investidores teriam perdido todo o capital aportado na empresa em questão. A estimativa é de que cerca de 1.400 pessoas teriam investido na plataforma na época. Segundo a Polícia Civil, a empresa utilizava um software de automação de criptomoedas, por meio de plataforma digital própria, mediante pagamento de assinatura no valor de R$69,90.
Depois, a empresa criou um token e todo o dinheiro dos investidores foi convertido em moeda digital. Esse token, porém, não possuía liquidez fora da plataforma e nem era possível convertê-lo em dólar ou real. A empresa criou um grupo e um banco para permitir a troca da moeda digital. Mas, para isso, o investidor tinha que entrar na plataforma da empresa para adquiri-la. De acordo com as vítimas, a empresa prometia retornos mensais entre 5 e 10%.
Em cinco meses, entre 30 de outubro de 2020 e 31 de março de 2021, a empresa e seus representantes movimentaram mais de R$10 milhões de reais. A justiça determinou o bloqueio e sequestro das contas bancárias de 21 investigados, entre pessoas físicas e jurídicas. O principal responsável pela empresa foi localizado em Goiânia. A prisão dele e de outros investigados foi negada pelo Poder Judiciário.
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