Prestes a acabar o ano, alguns processos ainda tramitam e preocupam a atual administração da Prefeitura de Ilhota. Um deles é o desfecho de um leilão de veículos ocorrido no dia 28 de agosto de 2015. Na data, a prefeitura leiloou um caminhão Plataforma da Ford/ Cargo, doado pelo Departamento de Estradas e Rodagem, que foi arrematado por Carlos Alberto de Azevedo pelo valor de R$10.200,00. Porém, em 6 de novembro de 2015, um estelionato mudou o rumo da história.
De acordo com informações de um Boletim de Ocorrência lavrado em 22 de janeiro de 2016, Ariane da Silva, que atuava como auxiliar administrativa da prefeitura na época, alegou que um homem se apresentou na prefeitura como Marcos, informando que seria funcionário do novo dono do caminhão e gostaria de informações para a retirada do mesmo.
Algum tempo depois, o verdadeiro dono do caminhão entrou em contato com a prefeitura para retirar o veiculo arrematado no leilão e, então, descobriu que um estelionatário havia levado o automóvel. A verdadeira identidade do criminoso foi descoberta após investigações e Marcos, na verdade, se chama Vanderlei Burigo.
Desde novembro de 2015, quando o estelionatário levou o caminhão da Prefeitura de Ilhota, o caso segue sem solução. “Não me foi repassado nada. Até onde eu sei, a prefeitura está tentando resolver o processo legal”, afirma Tatiana Richart Reichert, Secretária de Administração de Ilhota. A servidora afirma também que o setor responsável pelos leilões não existe mais e que não quer se envolver na questão.
O Ministério Público investiga o caso e a comunidade de Ilhota espera uma resposta.
Na tarde de terça-feira, 20 de dezembro, o colunista do Jornal Cruzeiro do Vale, Herculano Domício, publicou em sua coluna (Olhando a Maré) um comentário sobre o assunto. Confira:
"ILHOTA EM CHAMAS. QUEM MENTE, AFINAL?
Naquele leilão de um caminhão que agora se descobriu de que, quem deu o lance e arrematou o veículo, não foi quem levou fisicamente do pátio e na documentação, e que o portal Cruzeiro do Vale estampa nesta terça-feira, há várias perguntas que estão sem respostas.
a primeira delas: por que a alienação não foi autorizada pela Câmara?
a segunda delas: por que um caminhão daquele porte e segundo quem o comprou, tinha ainda utilização, foi considerado como sucata?
a terceira delas vem primeiro da exposição da secretária de Administração de Ilhota: "desde novembro de 2015, quando o estelionatário levou o caminhão da Prefeitura de Ilhota, o caso segue sem solução. "Não me foi repassado nada. Até onde eu sei, a prefeitura está tentando resolver o processo legal", afirma Tatiana Richart Reichert. A servidora afirma também que o setor responsável pelos leilões não existe mais e que não quer se envolver na questão".
Como assim? Há documentos, no inquérito, em que ela no mínimo é ativa sobre saber do caso, se ela não participou. Ela diz que não quer participar do caso? Ela participa dele já faz muito tempo.
Então quem mente? Em nome de quem mente? Ou Tatiana quer dizer que é incompetente, que não controlava o que era a sua obrigação controlar como secretária, ou está escondendo o que se verdadeiramente aconteceu e quem tramou esse negócio?
Hum!
A quarta e não a última das perguntas necessárias para este caso: então quer dizer que se o setor de leilões não existe mais na prefeitura, o problema terminou e não se precisa mais esclarecê-lo?
Alguém precisa, urgentemente, esclarecer à Tatiana que ela está se metendo num problema gravíssimo e se ela não se cuidar, e estiver inocente nesse assunto, vai levar a culpa e tomar a pena sozinha.
E para completar, os espertos - políticos, gestores públicos e empresários - estarão agradecidos, zombando dela e livres para outra desse tipo contra a administração pública em qualquer outro lugar, ou até mesmo em Ilhota.
Em tempo. O prefeito Daniel Christian Bosi, PSD,que é advogado, sabe que ele também tem culpa nesse cartório como prefeito. Era ele quem deveria vigiar os seus subordinados, como a Tatiana. Se não o fez, não foi diligente com o patrimônio público, mesmo que em algo considerado como sucata, assumiu o risco."
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