O som de sirenes e o clima de pânico voltaram a cercar o ambiente escolar no Brasil. O que deveria ser um espaço de aprendizado e acolhimento se transformou, mais uma vez, em um ambiente de medo e insegurança. O ataque a Escola Municipal Maria Nascimento Giacomazzi, na cidade de Estação, no Rio Grande do Sul, trouxe novamente à tona um assunto que já foi e ainda será muito debatido: a segurança nas escolas.
Somente este ano, dois ataques a escolas foram registrados no estado do Rio Grande do Sul. O primeiro aconteceu no início de abril, quando uma professora foi esfaqueada por alunos da Escola João de Zorzi, na cidade de Caxias do Sul. O ataque aconteceu quando ela dava aula de inglês para turma do sétimo ano. Três adolescentes atacaram a professora quando ela estava de costas, fazendo com que ela tivesse ferimentos na cabeça, costas e pescoço.
O segundo e mais recente (foto) aconteceu nesta terça-feira, dia 8. Um adolescente entrou em uma escola na cidade de Estação e, após fingir que entregaria um currículo e pedir para ir ao banheiro, ele entrou em uma sala de aula, onde estourou bombinhas e atacou crianças e professora com uma faca. O zelador e demais professores conseguiram imobilizar o agressor antes que ele fizesse mais vítimas. As crianças que não se feriram foram trancadas em uma sala segura, até que a polícia chegasse, e o criminoso foi condito por populares. Uma das crianças não resistiu e morreu logo após o ataque. Diante da situação, a prefeitura de Estação/RS suspendeu temporariamente as aulas em todas as escolas.
O crime registrado nesta terça-feira no Rio Grande do Sul faz os catarinenses relembrarem um caso de extrema crueldade que aconteceu em uma creche em Blumenau em 2023. No dia 5 de abril, armado com um machadinho, Luiz de Lima invadiu o CEI Cantinho do Bom Pastor, no bairro Velha, e agrediu e matou quatro crianças (de quatro, cinco e sete anos) e deixou outras quatro feridas. O caso ganhou repercussão nacional devido à brutalidade com que foi cometido. O assassinou chegou a alegar surto psicótico, mas o Ministério Público o considerou penalmente responsável e ele foi condenado, em agosto de 2024, a 220 anos de prisão, sem liberdade provisória.
Um dos casos mais chocantes e trágicos envolvendo ataque a escola aconteceu em Suzano/SP, em março de 2019. Dois ex-alunos armados invadiram a Escola Estadual Raul Brasil e atiraram, matando cinco alunos, duas funcionárias e o tio de um dos atiradores. O ataque foi planejado por meses e chocou devido ao nível de violência e frieza.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).