Por Geraldo Genovez
Forma universal de expressão da alma, onde uma ou mais pessoas buscam transmitir com sua visão interior uma mensagem através de algo que conceberam externamente. É assim que Diogo Bernez, de 31 anos, define a arte. Designer gráfico por formação, despertou o interesse por pintura e ilustração. Seu trabalho é único.
Com obras de forte personalidade, o jovem gasparense construiu uma carreira sólida e que ganha cada vez mais reconhecimento na região. Ele vive da arte e tem um repertório diversificado. “Está presente em minha vida desde que nasci. Sabe aquele papo de que a vida imita a arte e vice-versa? É bem por aí”, resume Diogo.
Ele conta que o interesse pela arte surgiu ainda na infância, quando assistia desenhos animados e observava seu pai o ajudando a desenhar em atividades da escola. Mais tarde, a admiração partia das capas de álbuns musicais, pôsteres de shows, filmes, eventos de skate e surf, além de artistas locais.
Apaixonado por arte, Diogo também teve a oportunidade de trabalhar fazendo estampas para área têxtil, experiência que contribuiu ainda mais na sua criatividade. Quanto suas inspirações atuais, é enfático: “Vêm de todo lado, conforme a vida flui. Tento filtrar o lado bom das coisas, principalmente da natureza e das interações humanas”.
Uma família unida e afetuosa, que reconhece, valoriza e o apoia para que foque em seu trabalho. Diogo Bernez sempre contou com o prestígio dos pais. “Sou muito grato. A parte profissional só foi possível devido à toda a estrutura que recebi desde o início para chegar até aqui como pessoa, e tentar melhorar-me cada vez mais como um ser humano. Daí tudo reflete na profissão escolhida. Acho que na verdade foi ela que me escolheu”, conta o artista.
O artista explica que segue uma rotina de trabalho. Porém, de forma mais orgânica. “Ela vai fluindo conforme as demandas e estado de espírito. Algumas vezes mais, outras nem tanto”. Geralmente, ocorre de maneira similar: captação de ideias, embasamentos e inspirações. Depois, fazer o esboço, aplicar e finalizar a criação. “Claro que nem sempre dá certo de primeira, mas é só dar uns passos pra trás, respirar e retomar”, reitera Diogo. No caso das criações pessoais, que não são realizadas sob encomenda, a rotina é diferente. “Ideias surgem nos momentos mais inesperados, quando a alma está serena”.
A maior parte das produções de Diogo Bernez é feita de forma digital, utilizando caneta e tablet conectados a um dispositivo eletrônico usa um software. Dentro dele, há pincéis e paletas de cores. “Quando eu comecei, isso era tudo o que eu tinha. Então, resolvi me aperfeiçoar nessas ferramentas. Algumas vezes, surgem trabalhos que o cliente deseja de forma mais analógica, daí utilizo papel, tinta acrílica, lápis de cor, nanquim e grafite”, explica.
Para o artista, a arte precisa ser mais valorizada. “Absolutamente! Seja por quem a produz, consome e, principalmente, por quem a torna mais acessível (de forma a ser ensinada/apresentada)”, reflete. Ele reitera que, durante a pandemia, esse pensamento ficou mais claro. “Basta analisar o grande aumento no consumo de filmes, séries, documentários, músicas, livros e uma infinidade de frutos de muito trabalho artístico”.
Copyright Jornal Cruzeiro do Vale. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do Jornal Cruzeiro do Vale (contato@cruzeirodovale.com.br).