No verão, as praias naturistas de Santa Catarina atraem turistas de todo o Brasil. O estado conta com dois locais oficialmente reconhecidos para a prática do naturismo: a Praia do Pinho, em Balneário Camboriú; e a Praia de Pedras Altas, em Palhoça, ambas validadas pela Federação Brasileira de Naturismo (FBrN).
A Praia do Pinho foi a primeira no Brasil a ter o nudismo reconhecido oficialmente, enquanto Pedras Altas é reconhecida pela FBrN, embora não haja legislação municipal específica. Além disso, a Praia da Galheta, em Florianópolis, também é mencionada pela FBrN como espaço naturista, mas não é formalmente reconhecida pela legislação local, que revogou uma lei de 1997 em 2016.
Em 2016, a Câmara de Vereadores de Florianópolis modificou a legislação que permitia o naturismo na Galheta, e um Projeto de Lei apresentado em dezembro de 2024 para regulamentar a prática na praia foi arquivado em janeiro de 2025.
O naturismo, que se popularizou no Brasil na década de 1980, é uma filosofia que envolve o respeito ao corpo, ao próximo e à natureza, e inclui a prática de nudismo social como parte de um estilo de vida saudável e autossustentável.
A Praia do Pinho, localizada em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, é reconhecida como a primeira do Brasil a legalizar a prática do nudismo. A regulamentação foi estabelecida pela Lei Municipal nº 2686, de 19 de dezembro de 2006.
De acordo com a Federação Brasileira de Naturismo (FBrN), a nudez na Praia do Pinho é opcional, permitindo que os visitantes escolham se querem frequentar o local vestidos ou nus.
A praia ganhou notoriedade na década de 1980, quando uma reportagem intitulada "Todo mundo nu em Camboriú" foi publicada em uma revista de grande circulação. Em 1986, o local se tornou alvo de polêmica, com a prisão de aproximadamente 25 pessoas que praticavam o nudismo na área.
A Praia de Pedras Altas, localizada em Palhoça, na Grande Florianópolis, é um importante ponto naturista, embora a legislação municipal ainda não a reconheça oficialmente como tal. No entanto, a praia está listada pela Federação Brasileira de Naturismo (FBrN).
Segundo a FBrN, a nudez é obrigatória na praia, e os visitantes devem seguir as normas estabelecidas pela entidade para garantir a convivência harmoniosa entre os praticantes.
Apesar da falta de uma regulamentação legal formal, o prefeito Eduardo Freccia considera o local consolidado como uma área naturista, reconhecendo-o como um dos principais redutos do movimento no estado, de acordo com a aceitação dos praticantes.
A Praia da Galheta, em Florianópolis, é mencionada pela Federação Brasileira de Naturismo (FBrN) como um local naturista, mas a legislação que autorizava a prática na praia foi revogada em 2016.
Apesar dessa revogação, tanto a prefeitura quanto a Polícia Militar de Florianópolis tratam a Galheta como qualquer outra praia, aplicando as mesmas regras de uso e conduta em relação aos visitantes.
Os adeptos do naturismo seguem um código de ética estabelecido pela Federação Brasileira de Naturismo (FBrN), com normas divididas em faltas graves e comportamentos inadequados.
As faltas graves incluem comportamentos sexualmente explícitos, violência física, uso de drogas ilícitas e atitudes que prejudiquem a imagem pública do naturismo.
Comportamentos inadequados envolvem atitudes como fotografar outros naturistas sem permissão, causar desconforto com barulho, discriminar outros praticantes, deixar lixo nas praias ou prejudicar a natureza. Esses comportamentos podem resultar em advertências, suspensão ou expulsão dos grupos filiadas à FBrN.
As normas buscam garantir um ambiente de respeito, tranquilidade e preservação, respeitando tanto as pessoas quanto o meio ambiente.
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