A chegada da crise financeira mundial trouxe em pauta assuntos como Bolsa de Valores, rentabilidade e liquidez de ações e do mercado em geral. Mas, o que muita gente esquece, é que mais do que conquistar um bom capital, é preciso saber administrar as finanças pessoais de uma forma eficiente.
Gerir os recursos disponíveis é tão ou mais importante do que saber onde aplicar o dinheiro. Segundo o especialista Marcelo Castro, o controle sobre o caixa é o segredo. Ele comenta que todos sentirão a crise, mas não se pode saber em que proporções, já que esse cenário nunca foi vivido anteriormente. "Por isso, o planejamento e o cuidado com as finanças pessoais é cada vez mais importante", afirma.
Para ajudar pessoas comuns a administrarem suas finanças pessoais, o especialista desenvolveu uma planilha que pode ser utilizada para controlar suas finanças. O uso adequado da planilha, possibilita ter o controle sobre os saldos de caixa atuais e vencimentos de contas, conciliar os bancos, lançar recebimentos e despesas futuras para auxiliar no planejamento de novas compras e projetar investimentos adequados para fazer o dinheiro crescer.
Marcelo explica que são basicamente três cenários nas finanças pessoais. No primeiro, as despesas e as receitas são equivalentes, o chamado ponto de equilíbrio. "Nesse caso, ficamos muito expostos a eventuais dificuldades. Ademais não é possível iniciar o famoso "pé-de-meia". Quando os valores são iguais, é preciso iniciar um processo de rever os gastos", afirma.
Uma segunda situação é quando os gastos são menores do que os ganhos. Aí o grande desafio é saber onde aplicar adequadamente o dinheiro.
E o terceiro cenário econômico, comum entre os brasileiros, é o chamado deficitário - onde as despesas são maiores do que os ganhos. "Aí entra em ação o grande vilão das finanças pessoais: o crédito. Não bastassem os crediários próprios de lojas, os cartões de crédito e os cheques especiais são armas poderosas para deixar o quadro ainda mais crítico", pondera Marcelo.
O especialista enfatiza duas ações para que se administre bem os recursos pessoais: poupar e investir corretamente.
O verbo poupar
Poupar é o verbo que demonstra a eficácia na gestão financeira. Assim como todos os verbos, indica uma ação. A primeira e importante ação é substituir os termos necessitar e precisar por desejar. Para poupar, o desafio é renunciar ao consumo imediato visando uma recompensa futura.
O segundo e necessário passo para poupar é ter o controle sobre todas as contas. Marcelo comenta que a melhor ferramenta para estabelecer esse controle é o fluxo de caixa. "Muita gente pensa que só empresas e corporações utilizam desse instrumento para melhorar as finanças. Mas saber usá-lo com suas contas pessoais pode fazer a diferença entre os gastos desnecessários e a poupança", explica.
Investimento certo, o segundo desafio
Para quem já tem uma quantia disponível para investimentos, chega o segundo desafio: investir certo. A grande dica de Marcelo é o chamado colchão de liquidez. "O conselho que damos é sempre fazer aplicações com retorno imediato até que se atinja seis meses de despesas para, só então, arriscar em outras formas de investimento", afirma ele.
Fonte: noticenter.com.br
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OITO PASSOS PARA A INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA
Para responder como se atinge a independência financeira, Marcelo mostra os oito passos importantes:
1. Ganhar mais dinheiro deve ser uma busca constante. Aumente suas possibilidades de ganhos.
2. Poupar. Quanto mais cedo melhor. Utilize a seu favor a magia dos juros compostos. Poupar mensalmente, mesmo que uma quantia discreta, renderá bons resultados no decorrer dos anos.
3. Evitar dívidas onerosas. Sempre procure se informar das taxas de juros que você estará pagando. Muitas vezes você paga o dobro por um produto a comprar financiado.
4. Investir corretamente. Conheça seu perfil de investidor. No início diversifique pouco, pois pequenos valores não conseguem obter taxas interessantes de aplicação. Gradativamente busque a renda variável, pois somente com ela que você passa a ter uma carteira com ganhos reais.
5. Ter sua casa própria. Além de realizar um sonho, permite redução de gastos com aluguel.
6. Fazer seguros de vida e de saúde é uma medida preventiva. Nas adversidades sempre é importante estar preparado.
7. Permitir queimar eventuais gorduras. Não deixe de aproveitar a vida. Gaste naquilo que você realmente deseja.
8. Buscar a educação financeira. Estar atento ao que o mercado oferece. Entender a dinâmica da economia, do crédito, das aplicações e dos juros. Não perder as oportunidades.
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