Uma onda de empreendedorismo tem tomado conta do Brasil nos últimos anos. De acordo com a Serasa Experian, entre janeiro e julho de 2014 foram criadas em todo o Brasil 1.115.630 empresas. Número que representa um avanço de 2,9% em relação ao mesmo período de 2013. Isso tudo, apesar de um ano com a economia estagnada.
Para 2015, a perspectiva continua pessimista. A principal dica, neste caso, é ter cautela. O ano será difícil e antes de pensar em abrir qualquer negócio é preciso ter uma reserva financeira para suportar alguns meses com baixo faturamento, o que é normal em uma empresa recém aberta. Por outro lado, as crises também podem sinalizar boas oportunidades, como o lançamento de produtos adequados à determinada demanda, como a falta de água em muitas regiões do país. Você pode se recolher em um abrigo ou aproveitar uma onda gigante para surfar.
Outra dica importante, antes de abrir qualquer negócio é fazer uma análise bastante criteriosa sobre alguns pontos essenciais, que nem todos consideram. O primeiro deles é ter perfil para empreender, já que nem todo mundo tem personalidade para administrar um negócio próprio.
O que isso quer dizer na prática? Que a pessoa precisa ter jogo de cintura para trabalhar com uma estrutura mínima, que aceite correr riscos, que seja multitarefas (vai ter que comprar, vender, produzir e fazer ajustes constantes) e principalmente, muita perseverança. Ou seja, características de personalidade que ajudarão muito no sucesso do negócio.
Além disso, é preciso fazer um planejamento detalhado para compensar a falta de experiência no ramo que vai atuar. A falha mais comum é o excesso de improviso, já que muitos empreendedores confiam demais em sua intuição e atuam na base da tentativa e erro olhando apenas para o curto prazo. Outro erro é misturar as finanças particulares com as despesas do dia a dia da empresa. É recomendável ter contas bancárias separadas, definir uma retirada mensal fixa e ter disciplina para não usar o caixa da empresa para fins pessoais.
Será importante, também, manter o foco, pois é comum que depois de alguns meses a empresa comece a atuar em áreas que não têm absolutamente nada a ver com o negócio original. Isso acaba dividindo a atenção e prejudicando a melhoria do principal serviço ou produto da empresa.
Por fim, é preciso paciência e dedicação, já que ter um negócio próprio exige, principalmente no começo, trabalho dobrado. A conclusão é que para ter seu próprio negócio, é preciso muita perseverança, bom senso e principalmente determinação.
Eduardo Ferraz | consultor em Gestão de Pessoas
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