Economia solidária: um novo olhar sobre o consumo - Jornal Cruzeiro do Vale

Como alternativa ao capitalismo desenfreado e desorganizado, que põe o lucro individual como valor máximo da economia, surge a economia solidária. Uma nova forma de produzir e gerar renda pautada em outros valores, concepções e perspectivas que privilegiam a inclusão social, o consumo consciente e a ética da solidariedade. 

A Economia solidária compreende uma pluralidade de práticas sociais e econômicas que são organizadas sob forma de cooperativas, clubes de troca, associações, consumo solidário, comércio justo e trocas solidárias. Estas práticas dão ensejo a transformação social, com o objetivo de pensar em novos valores para o sistema de produção e distribuição de produtos necessários à qualidade de vida de cada pessoa. A economia solidária visa valorizar a vida e o bem-estar das pessoas, não apenas o lucro.

São diversos os empreendimentos de economia solidária no Brasil e no mundo, frutos de movimentos populares, de trabalhadores, universitários e sociedade civil. Na América Latina, destaca-se o Equador que já prevê a economia solidária no próprio texto constitucional, como uma forma de geração de trabalho e renda. Mas, não é necessário ir tão longe para vermos esses empreendimentos, na Universidade Regional de Blumenau (FURB) ocorre mensalmente a Feira de Economia Solidária, organizada pelo Fórum de Economia Solidária de Blumenau em conjunto com a Rede de Economia Solidária do Vale do Itajaí (Resvi), onde são comercializados artesanatos, hortaliças, enfeites, serviços, entre outros, que são confeccionados pelos próprios feirantes.

É diante dessa perspectiva que valoriza a união em vez do individualismo, a cooperação em vez da competição, a solidariedade em vez da indiferença e a democracia em vez do autoritarismo que é possível se pensar em mudança e na transformação social.

Edição 1530