O papel histórico-social da escola desempenhou função social fortíssima ao longo da construção da história da humanidade, exercendo papel decisivo no contexto sócio-cultural de cada época, estabelecendo relações uníssonas e fiéis com o aspecto organizacional e ideológico da sociedade.
A escola, neste cenário, tornava-se forte aliada na disseminação de idéias, ideais políticos, culturais, todos voltados para os interesses políticos sociais de uma época. A instituição escolar passa assumir papel estratégico, pois seu raio de ação conseguia atingir grande número de pessoas. Percebe-se aí o perfil autoritário e manipulador da escola e do professor, interlocutor encarregado de repetir valores, refletindo uma postura autocrática e repetindo idéias e ideais cegos.
Contudo, faz-se imperial pensar a figura do professor como agente representante, figurante, que utilizava o espaço escolar para administrar uma educação não raciocinada e sim patrocinada por interesses governamentais, comportamentais, reproduzindo padrões ideológicos de cada época.
A escola pode ser comparada a nossa infância, todos nos tivemos infância, do mesmo modo a instituição escolar também caminha junto de mãos dadas com a sociedade, refletindo e repetindo seus valores.
Assim como o rio que percorre por vários caminhos até abraçar o mar numa relação inevitável , é através da escola que a sociedade caminha, á através da escola que um país constrói a sua história.
Em pleno século 21, o cenário educacional apresenta uma perspectiva mais promissora, onde o professor assume um papel mais participativo do que inquisitivo, uma figura mais solidária, o professor dentro das novas perspectivas teórico-educacionais, coloca-se como colaborador ativo e consciente do processo ensino-aprendizagem. Abandonando em parte todo o antagonismo presente a antiga pratica arcaica, dialética e contraditória em si.
O professor nessa nova visão não ensina, compartilha.
Não esta mais centrado no educador toda a fonte do saber, a única ponte de acesso para o outro lado, o do conhecimento. As aspirações, as perspectivas educacionais apontam para que alunos e professores caminhem juntos, trabalhem juntos numa relação mais humana, permeada pelos princípios de uma relação onde a afetividade consciente e o amor encontram espaço, assumem papel fundamental na perspectiva educacional.
O novo horizonte nos convida a ver, a rever, a sentir o processo educacional, a ?sentir? o aluno na complexidade que o compõe (contexto histórico-cultural, perfil psicológico, saúde emocional) Isso tudo fortalece a relação que estabelecemos com o aluno, uma relação mais solidária.
Acredito que é possível a construção de um espaço mais solidário nas escolas do nosso Brasil, onde os alunos estejam dispostos ao desafio de aprender e os professores a compartilhar seu conhecimento.
Cassiane Schmidt
edição 1295
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