Fonoaudiologia: da saúde à comunicação - Jornal Cruzeiro do Vale

 Atualmente a perda auditiva ocupa um importante papel entre as deficiências às quais as pessoas estão expostas e ganha destaque por interferir diretamente na A perda auditiva, seja ela congênita ou adquirida em qualquer idade, interfere no processo de comunicação, e, consequentemente no desenvolvimento da fala e da linguagem, na aprendizagem e na vida adulta, no mercado de trabalho e relações sociais.

Uma pessoa com deficiência auditiva tem por direito de receber atendimento especializado e aparelhos auditivos por meio dos Serviços de Atenção à Saúde Auditiva credenciados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e ao Ministério da Saúde. Muitas pessoas não conhecem este direito e passam muito tempo sofrendo devido as suas dificuldades auditivas. Outros, recebem o atendimento especializado e infelizmente abandonam o uso do aparelho auditivo por dificuldades de adaptação.

Estas dificuldades, muitas vezes, são simples e fáceis de ser solucionadas, porém necessitam de capacitação da atenção básica à saúde para que esta, que está mais próxima da população, possa auxiliar no processo de adaptação ao aparelho auditivo.Com base nisto, no mês de junho de 2013, a UNIVALI, por meio do Curso de Fonoaudiologia e do projeto de iniciação científica com Bolsa do Artigo 170 intitulado ?Capacitação em Saúde Auditiva de Agentes Comunitários de Saúde baseada em queixas de usuários de aparelhos de amplificação sonora individual.?, desenvolvido pelas acadêmicas do curso de Fonoaudiologia Kamilla Lopes e Naiara Silva e pela bolsista Jéssica Ricardo, com orientação da Prof.a Fga. MSc. Débora Frizzo Pagnossin realizou um programa de capacitação em saúde auditiva para Agentes Comunitários de Saúde (ACS) do município de Itajaí, SC.

Nesta capacitação, dividida em três turmas, estiveram presentes 120 ACS de duas Unidades Básicas de Saúde da Estratégia de Saúde da Família da cidade de Itajaí, SC. Os agentes de saúde foram orientados quanto aos cuidados e manuseios dos aparelhos auditivos e prevenção de deficiências auditivas. Além disso, participaram de oficinas em que puderam manusear os aparelhos auditivos e acessórios do mesmo, vivenciando na prática a experiência da percepção de um usuário de aparelho auditivo, simulando perdas auditivas e ouvindo os sons produzidos por este aparelho.

Durante as capacitações, foi possível constatar as necessidades que os agentes de saúde tinham em relação à saúde auditiva. Foi um prazer participar desse trabalho tão importante, além de contribuir para o treinamento dos agentes de saúde. Acredito que programas como este aqui relatado são fundamentais para a divulgação da saúde auditiva e para atividades de prevenção e promoção da saúde.