Aleluia Irmão, acabou a eleição! Acabou a campanha e graças a Deus acabou o horário político obrigatório. E vamos combinar... O eleiçãozinha sem graça. Praticamente do jeito que começou acabou. Morna, insossa, insípida.
- Vamos melhorar o transporte, melhorar a educação, melhorar a saúde, melhorar a segurança, melhorar o transporte, melhorar os salários... A vida de todo mundo vai melhorar!
Nossa, se melhorar até estraga! Nem interessa quem foram os eleitos. Se - eu disse se - for cumprido metade do prometido, estamos bem. Porém, melhor, melhor mesmo, apenas a vida dos vencedores do pleito. Isso sim.
Campanha chata. Tudo muito previsível. Os discursos pareciam ensaiados e combinados, todos falando a mesma língua e prometendo as mesmas coisas. Uma cantilena chata e monótona, parecendo disco furado. O falta de criatividade!
Sem dúvida, foi uma das eleições mais difíceis de tomar uma decisão. Naturalmente nossas escolhas são baseadas nas propostas dos candidatos, levando em conta a filosofia do partido. Aqueles que mais se aproximam do ideal leva o voto. Justamente este foi o grande problema. Todos pareciam ideais, legais... Iguais.
Mas o que dizer sobre a filosofia partidária. Os que ontem eram inimigos mortais, hoje estão -ou estavam- de braços dados. Coligações que nos deixaram mais indecisos ainda. A ideologia que deveria orientar as ações de cada partido e candidato é colocada de lado. Ou melhor, é posta à venda, em troca de cargos e outros benefícios futuros ?que nem sonha a nossa vã filosofia.?
Além de tudo isso, outro fator preponderante, que faltou aos elegíveis de um modo geral foi o carisma. Candidatos chuchu; sem gosto, sem graça, sem sabor. Faz tempo que não aparecem lideranças natas. Pessoas que nos inspirem, ou que pelo menos passem alguma confiança.
Alguns podem até não gostar dele. Podem até discordar das ideias e tudo mais, contudo são obrigados a concordar. Nosso atual presidente é uma das últimas figuras que se encaixam neste perfil. E provavelmente, em função desta escassez de personalidades públicas com um algo mais, acabará elegendo o próximo presidente da república, digo, próxima presidenta.
Diante deste quadro, não é de admirar que tantos artistas se candidatassem a cargos públicos. Não em Santa Catarina obviamente, até porque artistas aqui no estado não têm reconhecimento, nem valor (mas isto é assunto para uma outra ocasião). Atores, atrizes, cantores, cantoras, jogadores de futebol, até bbb?s e mulheres frutas - vejam vocês - disputaram as eleições e acabaram alcançando votações expressivas.
O maior exemplo foi o humorista Francisco Everardo Oliveira Silva, mais conhecido como Tiririca. Mais de 1.300.000 votos o elegeram deputado federal no estado de São Paulo. Mais do que isso, foi o deputado federal mais votado no país. Alguns torcem o nariz. Criticam a posição do povo em eleger um palhaço para o congresso. Eu particularmente não acho nada de mais, afinal os políticos sempre trataram o povo como palhaço, agora teremos um representante legítimo. É ou não é. De qualquer forma, a frase é velha é batida, mas se aplica mais do que nunca... ?Cada povo tem o governo que merece.?
E como dizia o próprio slogan do comediante: Vote Tiririca, pior que tá não fica! Ou Fica? Vai saber?
P.S.: Falei no primeiro parágrafo que a eleição tinha acabado. Foi mal. Desculpe por dar uma falsa informação, ainda teremos o segundo turno para presidente. Grrrr...Que saco!
Michel Jaques - michel.jaques@yahoo.com.br
edição 1235
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