As mulheres têm sido alvo de diversos tipos de violência, desde o assédio verbal até, muitas vezes, a violência definitiva – a morte.
No Brasil, entre 2001 e 2011 foram assassinadas 50 mil mulheres. Por ano, são registrados 50 mil casos de estupro no país. Números alarmantes, a despeito das diversas políticas públicas implementadas pelo Governo Federal nos últimos anos, como a Lei Maria da Penha, a Casa da Mulher Brasileira e, em Santa Catarina, o recente aprovado Observatório da Violência Contra a Mulher.
Nós mulheres queremos dar um basta nesta situação. Exigimos respeito, mais direitos, participação e espaços de poder. O recado, em alto e bom som, é de milhares de vozes femininas, reunidas nas conferências municipais de políticas para as mulheres, que estão sendo realizadas em todo o país, numa iniciativa do Governo Federal de consulta popular para definição das políticas públicas e ações estruturantes de empoderamento da mulher.
Agora em setembro, tive a honra de participar com mais de 200 lideranças femininas da 2ª Conferência Intermunicipal de Políticas para as Mulheres do Médio Vale. Com o tema “Mais Direitos, Participação e Poder para as Mulheres”, foram reunidas participantes de vários segmentos com um único objetivo: terem as necessidades ouvidas. O recado da conferência é claro: queremos mulheres na política, queremos creches para nossos filhos, queremos salário igual para trabalho igual e queremos respeito na hora do parto.
Iremos continuar unidas, lutando para que nossa voz seja ouvida. No próximo mês de novembro iremos levar essas demandas para a conferência estadual e, em março de 2016, para a conferência nacional.
Sempre vou me posicionar contra qualquer forma de violência contra a mulher, fundamentada na cultura machista, lamentavelmente ainda vigente, venha de onde vier, seja explícita ou dissimulada. Não há como transigir, não há como recuar. A violência contra a mulher não passará.
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