Muito se fala em falência dos municípios e estados por conta da concentração de arrecadação tributária no governo federal, que também tem problemas para cumprir seu papel. Evidente que a melhor distribuição de recursos é necessária e urgente, mas só esta providência não produzirá os resultados que se espera dos governos em todos os níveis.
É preciso caminhar na direção da simplificação e racionalização da estrutura administrativa e tributária, reduzindo a quantidade de recursos para manter a máquina pública. A eficiência na gestão governamental passa por planejamento de gastos, fiscalização no crescimento das despesas e aumento em investimentos na infraestrutura do País.
Além ter um cronograma de ações de longo prazo é urgente também rever a carga tributária que hoje esta próxima dos 40% do Produto Interno Bruto (PIB). Não há quem suporte a tributação nesse patamar estimulando a sonegação. Estimativas apontam que se as estruturas governamentais fossem só 50% mais eficientes poderíamos ter uma carga tributária de 30% do PIB e ainda assim mais dinheiro para investimentos.
Para alcançar esses objetivos é preciso romper com paradigmas seculares e buscar, via educação, a conscientização da população. Iniciativas como o Movimento Brasil Eficiente, capitaneado pelo empresário joinvilense Carlos Rodolfo Schneider, necessitam de maior visibilidade e repercussão. Assim haverá maior cobrança para que os poderes construídos comessem racionalizar e debatam temas realmente importantes para a sociedade.
Por conta da ineficiência do Estado estamos perdendo tempo precioso em setores onde a agilidade é condição principal para se manter vivo e competitivo no mercado mundial. Mercado esse que esta se modificando e reinventando dia a dia e deixa para trás quem não tem competência, eficiência para acompanha-lo.
Até nossos filhos não concorrem mais só com seus conterrâneos, concorrem agora mundialmente. Caso não haja as mudanças que oportunizem a racionalização de recursos para incremento nos investimentos em áreas como a educação ficaremos mais distantes de nações desenvolvidas.
Por Mário Marcondes | Deputado estadual
Edição: 1697
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