O Banco do Brasil, Bradesco e Santander, três das quatro maiores instituições financeiras do país, anunciaram nesta quinta-feira, 11, a decisão de compartilhar seus caixas eletrônicos disponíveis aos clientes fora das agências, como em aeroportos, postos de combustíveis, supermercados, shopping centers, farmácias e rodoviárias. Entre as grandes instituições financeiras, apenas o Itaú Unibanco ficou de fora.
Com a parceria, a intenção é aumentar a eficiência em relação à forma atual de uso individualizado dessas redes de autoatendimento. Além disso, os clientes das três instituições vão ter acesso a cerca de 11 mil terminais. De acordo com o documento enviado ao mercado, esse modelo proporcionará um aumento significativo da disponibilidade da rede. A operação de fusão dos serviços deverá ser concluída em cinco meses.
Os bancos informaram ainda que o acordo não tem efeito vinculante e que para identificar os terminais de autoatendimento externos compartilhados, haverá a criação de uma marca. Somados, os três bancos têm cerca de 65 milhões de correntistas.
O Bradesco tem 30.657 caixas eletrônicos. Já o Santander tem cerca de 7.600, e o Banco Real (comprado pelo Santander), 11 mil. O Banco do Brasil tem 40 mil.
Além das redes próprias, vários bancos contam ainda com a rede Banco 24 Horas, que atende Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Bradesco e Banco do Brasil, entre outras instituições, e possui mais 6.700 terminais eletrônicos.
Recentemente, ocorreram outras tentativas de compartilhamento de rede. Em fevereiro de 2005, o Banco do Brasil iniciou uma parceria com a Caixa Econômica Federal, que ainda está em vigor. Em 2007, BB e Bradesco iniciaram um acordo para o compartilhamento.
Caixas
O Brasil é um dos poucos países em que os caixas eletrônicos não são universais. Isso porque os bancos viam na abrangência da rede eletrônica de atendimento um ativo importante para se diferenciar das instituições de menor porte e alcance geográfico.
As discussões evoluíram bastante nos últimos meses com a iniciativa do governo de apertar a regulação junto às empresas de cartões de crédito, cujo mercado é ainda dominado por Cielo (antiga VisaNet) e Redecard, empresas que tinham exclusividade, respectivamente, das bandeiras Visa e MasterCard. A exclusividade da MasterCard com a Redecard terminou no ano passado e a da Cielo com a Visa acabará neste ano.
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