Comissão aprova critérios para repasses de verbas para educação - Jornal Cruzeiro do Vale

Comissão aprova critérios para repasses de verbas para educação

02/04/2012

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público aprovou na quarta-feira (28) o Projeto de Lei Complementar 15/11, do deputado Felipe Bornier, que obriga estados, municípios e o Distrito Federal a cumprir uma série de exigências para receber recursos federais para a área de educação. O objetivo da proposta é avançar na direção de uma Lei de Responsabilidade Educacional.

O relator, deputado Sebastião Bala Rocha, recomendou a aprovação. "A proposta de vincular a transferência de recursos financeiros da União à comprovação de que o ente federado está comprometido com a eficácia da política educacional pode contribuir para a boa gestão dos recursos necessários ao aprimoramento da educação", afirmou.

As exigências são:

- aplicação, em educação, do percentual mínimo de receita de impostos previsto Constituição;
- estratégias de valorização dos profissionais da educação, com plano de carreira, nos termos da legislação federal pertinente, e programa de formação continuada, de duração plurianual, com dotação orçamentária específica;
- jornada de trabalho dos profissionais da educação que inclua período de tempo semanal especificamente destinado a atividades de planejamento, estudo coletivo e avaliação, cumprido na unidade escolar;
- plano de educação aprovado em lei;
- padrões definidos de infraestrutura e funcionamento das escolas para cada etapa e modalidade da educação básica;
- estratégias de oferta da educação infantil, garantida a todas as crianças na faixa etária de 0 a 3 anos, segundo critérios de natureza social e econômica;
- oferta regular de educação pré-escolar, ensino fundamental e ensino médio, com jornada escolar de duração superior a quatro horas diárias;
- programas suplementares de material didático, alimentação, transporte e assistência à saúde do estudante;
- avaliação anual do nível de rendimento escolar dos alunos;
- emprego de recursos na melhoria do rendimento escolar.

A proposta define ainda que as transferências voluntárias da União serão distribuídas proporcionalmente aos esforços do estado ou município para assegurar o cumprimento dos requisitos. Além disso, quem descumprir algum dos requisitos corre o risco de ter suspenso o repasse das transferências voluntárias até que o problema seja resolvido.

Tramitação

O projeto ainda precisa ser analisado pelas comissões de Educação e Cultura; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Depois, seguirá para o Plenário.

Texto: AMMVI

Comentários

Marcos
04/04/2012 19:05
Essas exigências nada mais são que um impedimento para que as escolas recebam menos recursos, através de entraves burocráticos. Os municípios não conseguirão se adequar às novas normas, e aí quem perde?
Os pais ou responsáveis se verão mais uma vez em uma saia justa, e terão que arcar, através de recursos próprios, com a educação de seus filhos.
O governo não investe em Educação, tanto é verdade, que para ver seu filho estudando você precisa comprar todos os materiais escolares, uniforme, arcar com passagem de ônibus ou combustível de uma condução própria, ou pagar R$120 reais mensais para uma Van levar.
E fora isso, ter que ser alvo de mendicância por parte dos professores e diretor, que alegam que os recursos repassados pelo governo não é suficiente. Se o estudo é obrigatório, então nos deem condições para cumprir essa obrigação.

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