A inflação dos alimentos quase quintuplicou na passagem de dezembro para janeiro e pressionou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O indicador, considerado a "inflação oficial" do país, ficou em 0,75% no mês passado - na maior taxa desde maio de 2008, quando ficara em 0,79%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em dezembro, a taxa do IPCA ficara em 0,37%. Com o mês de janeiro, o índice dos últimos 12 meses ficou em 4,59%, acima dos doze meses imediatamente anteriores (4,31%). O IPCA é considerado a "inflação oficial" do país por ser a utilizada para o cálculo da meta de inflação do governo federal. O índice é calculado pelo IBGE desde 1980 e se refere às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos.
O grupo alimentos e bebidas foi responsável por um terço da taxa de inflação do mês. Os preços do grupo subiram, em média, 1,13%, quase cinco vezes a taxa de 0,24% do mês anterior.
"A subida nos preços dos alimentos pode ser atribuída à ocorrência das chuvas que vêm afetando desfavoravelmente as lavouras de importantes pólos produtores, além de outros fatores", diz o IBGE em nota.
Entre os itens que mais pesaram no bolso, o quilo da cenoura e da batata inglesa ficaram, respectivamente, 12,21% e 10,80% mais caros, enquanto os preços das hortaliças subiram 8,44%. O feijão (1,19%) com arroz (3,26%) também registraram aumentos, assim como carnes (1,67%) e leite (1,88%).
Transportes
Apesar da forte alta dos alimentos, as tarifas dos ônibus urbanos tiveram o maior impacto individual no IPCA do mês, com alta de 3,90% e 0,14 ponto percentual de contribuição. A alta na tarifa de São Paulo, de 17,40%, teve influência significativa sobre o indicador.
Os combustíveis vieram a seguir, com variação de 2,08% e 0,10 ponto. Estes dois itens, juntos, ônibus urbanos e combustíveis, contribuíram com 0,24 ponto percentual, que representa um terço do índice de janeiro.
INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias de baixa renda, que ganham de um a seis salários mínimos, teve variação de 0,88% em janeiro, acima do resultado de 0,64% de dezembro. Nos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 4,36%.
Fonte Portal G1
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